Grandes indústrias do plástico dependem da realização de impressão de grandes volumes de embalagens sob alta velocidade.

Neste contexto, a flexografia surge como uma opção bastante eficaz.

Esse é um tipo de impressão que pode ser utilizado em diversos produtos, caso de embalagens flexíveis, rótulos, entre tantos outros. Seu funcionamento é similar ao uso de um carimbo.

Neste artigo, convidamos você a entender mais sobre a flexografia, com seu padrão de funcionamento, além dos benefícios que incentivam sua aplicação.

Técnica de flexografia: o que é?

A flexografia é um processo de impressão de embalagens, que consiste em transferir tinta na forma e quantidade adequada para o produto.

Bastante flexível e versátil, essa é uma técnica de impressão direta e rotativa. Ela se utiliza de clichês em relevo, que recebem tinta e a transferem para a superfície a ser impressa.

Segundo Fernando Freitas, Sales Manager da Tesa, a flexografia é um sistema de impressão em escala industrial que utiliza matrizes de impressão feitas de polímeros flexíveis. 

“Ao usar essas matrizes é possível imprimir em substratos também flexíveis como filmes plásticos, papel, ráfia dentre outros”, complementa.

De forma simplificada, essa é uma técnica semelhante ao uso de um carimbo usado para fazer uma marca no papel. A diferença é que o papel é substituído por embalagens flexíveis e demais embalagens.

Assim, para Fernando Freitas, a impressão flexográfica é aplicada em larga escala na indústria de embalagens plásticas.

“Essa técnica é bastante aplicada para a impressão de pacotes de arroz, feijão, macarrão, rótulos de shampoo, pacotes de biscoito, sacos de leite e muitos outros. A variedade de aplicação da flexografia é muito grande”, destaca.

Padrão de funcionamento da técnica de flexografia

Nos diferentes segmentos industriais, a flexografia é uma técnica que depende de alguns equipamentos e itens adequados, com destaque para:

  • Tinta: responsável por dar a cor desejada ao desenho;
  • Cilindro de anilox: cilindro com microfuros que captam a tinta no tanque, transferindo-a, na quantidade ideal, para o clichê;
  • Rolos: seguram a placa de clichê para transferir a arte de impressão;
  • Clichê: contém o desenho do que será impresso.

Para um melhor entendimento sobre o entendimento da técnica, Freitas sugere que imaginemos um carimbo. 

“Retire desse carimbo somente a borracha que coleta a tinta no tinteiro. Pegue essa borracha e cole ela em um cilindro com uma fita dupla-face, coloque de um lado a tinta e do outro o substrato que será impresso e comece a girar esse cilindro. Toda vez que o carimbo gira ele coleta tinta no tinteiro e transfere a tinta para o filme plástico.”

Esse é padrão do sistema, mas na flexografia o “carimbo” é representado pelo clichê e o cilindro de camisa porta-clichê. 

“Essas partes, junto de alguns outros produtos, formam o conjunto impressor. Quando colocamos em uma máquina mais de um conjunto impressor”, diz. 

Assim, com essa técnica é possível adicionar cores diferentes, aplicar cor sobre cor para criar novas cores e com mais alguns “toques de mágica” a embalagem será impressa.

Benefícios da flexografia

A flexografia é uma técnica em constante evolução, sempre visando o alto desempenho na velocidade de impressão.

Além disso, os clichês têm a capacidade de imprimir alguns milhares de exemplares em um curto espaço de tempo, sempre com boa qualidade e produtividade.

Tem também um custo mais competitivo em praticamente todos os mercados em que atua.

Segundo Fernando Freitas, esses são os grandes benefícios da flexografia. “A flexografia se destaca por ser um sistema de impressão ágil, altamente produtivo e com um custo inferior aos demais sistemas”, afirma. 

Outra vantagem da flexografia é a possibilidade de utilizar vários tipos de tintas com diversas cores. Isso possibilita composições mais precisas e vivas, tornando a impressão mais convidativa.

Além disso, como ela atende aos mais diversos tipos de substrato, indo das mais variadas composições plásticas até o papel e papelão, este é um sistema muito versátil que possibilita a realização de inúmeros tipos de trabalho, sempre com o mesmo padrão de eficiência e produtividade.

Em contrapartida, a flexografia é uma técnica analógica bastante complexa, essencialmente devido ao número de variáveis e parâmetros de controle.

Diante dessa complexidade, a recomendação é dispor de uma mão-de-obra bastante técnica e bem treinada. 

Este profissional deve estar apto a tomar decisões rápidas e assertivas com relação à ocorrência de problemas, tão logo eles sejam diagnosticados.

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