A cor contribui grandemente para o sucesso de um produto. E no setor do plástico, ela também exerce um papel importante. Entre as técnicas utilizadas para a coloração de termoplásticos, o método masterbatch – composto que possui alto poder tintoral é o que tem a adesão mais ampla pela indústria, não só pela alta qualidade que oferece, mas também por se adaptar aos diferentes processos de transformação do plástico.

Só que no momento da coloração, é preciso considerar alguns fatores importantes para garantir que o resultado final seja satisfatório, como o tipo de pigmento que será aplicado, o percentual do veículo utilizado, os aditivos, o equipamento utilizado, etc.

É preciso estar atento, por exemplo, à temperatura de processamento, aos níveis de tolerância, aos regulatórios e à utilização do produto final, conforme explica Roberto Herrero Lopes, coordenador do Laboratório de Cores da Cromex. “Ter informações sobre a exposição do produto à luz/ intempéries e a sua resistência à migração também é importante. Isso porque, caso seja utilizado um pigmento de baixa resistência à migração, ele poderá migrar da embalagem para o produto envazado”, destaca.

No processo de adição de cores do plástico, outros erros comuns estão relacionados à mistura e à dosagem. No caso da mistura, devido às características físicas, como densidade e tamanho dos grânulos, e à grande variedade de combinações de pigmentos utilizados para conferir cor, a mistura pode ficar mal distribuída, provocando variações de tonalidade. Já a dosagem deve ser monitorada e calibrada no decorrer de todo o processo, utilizando, inclusive, dosadores automáticos.

Adição de cores do plástico com masterbatch

Como dissemos acima, o masterbatch é o produto mais utilizado para adicionar cores ao plástico. Além dele, há o pigmento em pó, que é mais barato, mas gera mais sujeira e apresenta dificuldades de troca de cor e limpeza da máquina, sendo, por isso, menos utilizado. A terceira opção é o líquido, que era uma técnica antiga e voltou a ser utilizada por conta dos dosadores automáticos.

“O masterbatch é mais caro do que o pigmento em pó, mas exige a utilização de um percentual menor e, além disso, evita o desperdício e a sujeira. Outro benefício a ser destacado é a facilidade na troca de cores, mesmo que isso ocorra no meio da produção”, ressalta Alexandre Farhan, diretor da Escola LF Laurentino Freitas.

Roberto Herrero Lopes, coordenador do laboratório de Cores da Cromex, destaca, ainda, que “o cliente que optar pela utilização do masterbatches terá uma constância na cor, uma fábrica isenta de pó de pigmento e melhor dispersão, permitindo, desta maneira, peças de melhor qualidade sem variações de tonalidade.”

Mas embora o produto seja a melhor opção, sua utilização também requer cuidados: é necessário observar a viscosidade e a fluidez do produto em relação à resina e o veículo que está sendo utilizado. “Se não for utilizado o veículo correto, o produto pode sair quebradiço com rajadas e manchas esbranquiçadas. Você pode estar contaminando o material por conta do master e de propriedades mecânicas”, comenta Farhan.

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