Diante de um mercado competitivo em que a reciclagem representa um papel cada vez mais importante para a indústria do plástico, inovar é preciso. Assim, é nesse cenário que a triagem automatizada ganha força, representando processos mais ágeis e lucrativos para a indústria. Dessa forma, é necessário investir em opções que tornem os procedimentos cada mais eficientes e com maior qualidade.
Vantagens da triagem automatizada
Com a automatização da triagem, o desgaste dos catadores e recicladores nas cooperativas torna-se menor. Com isso, eles deixam de ser os principais (ou únicos) responsáveis pelas etapas de separação dos materiais, otimizando, assim, todo o trabalho. Ou seja, o processo representa tanto ganhos financeiros como sociais.
A mudança do processo manual para o automatizado, ao
contrário do que se imagina, não é complicada. Segundo Carina Arita, gerente de
vendas da Tomra Brasil, integrar sistemas de seleção por sensores com as linhas
de reciclagem existentes é bem simples. Entretanto, a definição dos
equipamentos necessários depende de cada caso. Isso porque ela varia de acordo
com as características do material de entrada, dos produtos desejados, da
pureza almejada e do processo existente.
Além disso, outros aspectos influenciam tanto o procedimento adotado quanto o produto final reciclado. “Trata-se de uma solução de engenharia projetada caso a caso. Por vezes, basta acrescentar somente um equipamento. Em outras situações, contudo, são recomendadas pequenas adaptações”, afirma.
As cinco etapas da triagem automatizada
Embora a triagem automatizada agilize boa parte, do processo, há uma pré-triagem manual no fluxo de entrada do plástico na cooperativa. Entretanto, após esta primeira fase o processo passa a ser todo automatizado. Confira a seguir os detalhes das 5 etapas principais:
1. Os plásticos
entram na linha de triagem por meio de um silo (tanque) com esteira de alimentação
interna que leva os materiais que serão reciclados até o sistema “rasga-sacos”.
2. O
“rasga-sacos” é um equipamento que utiliza um rolo com metais pontiagudos para rasgar,
automaticamente, as sacolas que contêm os materiais recicláveis.
3. Após passarem pelo sistema “rasga-sacos”, os resíduos vão, também automaticamente, para o trommel. Assim, essa espécie de peneira rotativa retira todos os materiais particulados (resíduos orgânicos, de varrição, caco de vidro, papel picado, etc.) dos itens que serão triados.
4. Na sequência, os plásticos passam pela etapa dos sensores ópticos – ou seja, máquinas capazes de reconhecer diversos tipos de materiais e que dão mais qualidade ao processo de triagem.
5. Ao final, já separados, os materiais são prensados por grandes máquinas e acondicionados em fardos para serem transportados e vendidos às empresas recicladoras.