Estamos presenciando a chegada da Manufatura Avançada, chamada por especialistas de a 4ª revolução industrial. É uma nova fase tecnológica para o ambiente fabril, em que a eficiência máxima dos processos é obtida por meio de dados do sistema, que terão elementos conectados em tempo real, orientando as tomadas de decisão para que se possa trabalhar com as melhores práticas. Dentro desta lógica, a gestão de energia torna-se fundamental.

Em função disso, vários países se reuniram para criar a norma ISO 50001:2011. Mas você sabe o que é essa norma e como ela impacta nas indústrias? Confira, a seguir, essas informações.

O que é a norma ISO 50001:2011

A ISO 50001:2011 é uma norma de gestão de energia e eficiência energética bastante importante em tempos nos quais se fala em uma 4ª revolução industrial, que deixará as indústrias totalmente dependentes da tecnologia e, também, se sabe que a estrutura energética mundial já é deficitária. Essa norma estabelece requisitos para as empresas definirem sua política de uso de energia de forma mais eficiente.

Lançada em 2011, a ISO 50001:2011 substitui uma série de normas regionais e nacionais de gestão de energia, incluindo a EN 16001. Essa norma visa possibilitar o estabelecimento de sistemas e processos que geram melhoria contínua do desempenho energético nas empresas.

Ela também prescreve os requisitos do Sistema de Gestão de Energia (SGE), que são a base para as empresas desenvolverem e implementarem uma política energética na organização.

Benefícios da ISO 50001:2011

O princípio da ISO 50001:2011 segue a mesma linha da ISO 9001, a qual prevê melhoria contínua em busca de maior produtividade e domínio de seus processos. “Orientar a empresa para a definição de metas, indicadores de desempenho e estratégias para o uso da energia com eficiência, levando em conta gastos como iluminação, acionamento de motores elétricos, ar comprimido, ventilação, bombeamento, refrigeração e climatização, geração e uso de vapor, aquecimento e operação são alguns dos benefícios da norma”, relata o coordenador de atividades técnicas do SENAI de São Paulo, José Ricardo da Silva.

Uma gestão de energia eficiente pode reduzir custos, evitar desperdício, diminuir o impacto para o meio ambiente e aumentar a vida útil dos equipamentos e sistemas, favorecendo, desta forma, maior produtividade e aumento da competitividade da indústria. “A nova era que a indústria está vivenciando exige uma maior profissionalização da equipe no sentido de prepará-la para atuar com a alta performance”, enfatiza Silva.

Por esse motivo, é importante a indústria se planejar, ter um controle de uso e de custos para saber o quanto de energia é empregada em cada processo e qual é o impacto de etapa produtiva no consumo final de energia da empresa.

Além disso, ao fazer a gestão de energia, a indústria também cumpre um papel de responsabilidade social. Atualmente, ela é responsável no Brasil por cerca de um terço de toda a energia elétrica consumida e, conforme relatório da  Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até 2021 a indústria deve responder pelo consumo de quase metade do total no país. No entanto, a ISO prevê que a norma ISO 50001:2011 pode ajudar a reduzir em até 60% a demanda global de energia.

Portanto, seguir a norma é importante não apenas para reduzir os impactos ambientais de seu negócio. Ela também gera vantagem competitiva ao reduzir seu nível de consumo e os custos operacionais relacionados e garantir a sustentabilidade de sua indústria em um cenário cada vez mais dependente da energia e que há o desafio de atender à demanda mundial, lidar com a alta dos preços e a redução da oferta. Assim, ao ter um plano para gerar eficiência energética, sua empresa poderá eliminar esse, que é um dos principais gargalos das indústrias hoje.

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