Novas possibilidades de uso estão surgindo para a indústria do plástico, na substituição de peças metálicas. Tal alteração visa reduzir o peso, tornar os processos de fabricação mais enxutos e, consequentemente, diminuir custos operacionais (como o consumo elétrico). Estes produtos são observados na indústria automobilística, linha branca e eletroeletrônica, por exemplo. Os polímeros utilizados são, em sua maioria, os plásticos de engenharia. Ou seja, tratam-se de resinas poliméricas de estrutura semicristalina, com alto percentual de cargas tipo fibra de vidro, retardante de chama e cargas minerais. Esse é um dos casos, por exemplo, onde o controle de temperatura é indispensável. Ele deve ser utilizado com o uso de um controlador que garanta que ela não ultrapasse os 20 graus célsius.

“Neste caso, o uso de um controle de temperatura sensível é imprescindível para o bom funcionamento de um sistema de câmara quente. Além de um controle fino de temperatura de bicos e manifolds, o PID dos módulos de controle deve realizar as compensações de temperatura de cisalhamento da matéria-prima durante o processo de injeção”, destaca o diretor técnico da Tecnoserv, Wilson Teixeira.

O especialista ressalta ainda que “algumas resinas também são sensíveis a temperaturas, tais como POM, EVA e PVC flexível. Neste caso, há a exigência de se desenvolver um bom controle de temperatura”.

Funcionamento do controle de temperatura

Os controladores de temperatura são indispensáveis na indústria de injeção de termoplásticos. Tanto para canhão de injetora como para sistemas de câmara quente, onde exigem alguns pré-requisitos nas suas funções. O primordial é o controle de temperatura do polímero que se situa entre a temperatura de derretimento e a de degradação. Para isso, é utilizado o PID para controle automático da temperatura.

Além disso, cabe ressaltar que as funções secundárias também são importantes para o bom funcionamento do sistema. Assim, evitam-se custos desnecessários e queda de performance.

Dessa forma, a ação de controle irá depender do tipo de controlador de temperatura. Para um sistema do tipo ON/OFF, por exemplo, o setpoint definirá se a saída precisa ser ligada ou desligada. No entanto, se o setpoint for 68° e a temperatura real cair para 67°, um sinal de erro mostrará uma diferença de -1°. Ou seja, o controlador enviará um sinal para ligar a resistência e gerar o calor necessário para elevar ao ponto de ajuste.

Há, ainda, o controle PID, o qual determina o valor de saída exato e necessário para manter a temperatura desejada. Esse sistema utiliza um controlador com saída analógica. Nesse caso, o conversor de saída é proporcional ao valor de entrada.

O diretor técnico da Tecnoserv cita as tecnologias que são agregadas na área a partir da indústria 4.0. “Atualmente, são oferecidos no mercado controladores de temperatura com IH. Eles podem emitir relatórios, gravar receitas de moldes e executar várias funções automáticas que não necessitam de interferência humana. Destaco também a tela touch screen que pode ser acoplada a uma central de monitoramento”, comenta Teixeira.

Como você faz o controle de temperatura em sua empresa e como esse fator contribui em seus resultados e performance? Divida sua experiência nos comentários!