As embalagens representaram 67% do volume de matéria-prima consumido pela indústria de reciclagem do plástico em 2024, segundo o mais recente estudo da MaxiQuim. Destes, 19% (quase 310 mil toneladas) foram embalagens flexíveis. 

Embora ainda existam desafios a serem superados, como o baixo valor comercial e limitações técnicas para a reciclagem de plásticos descartáveis em geral, fabricantes de embalagens flexíveis vêm se aprimorando para melhorar este índice.  

Embalagens flexíveis e processos sustentáveis 

Criada há apenas dois anos, a Packster ganhou papel de destaque neste cenário. A empresa fabrica embalagens exclusivamente a partir de materiais recicláveis e utiliza um moderno processo de impressão digital sob demanda, que economiza recursos naturais. 

A empresa é o braço digital da Zaraplast, tradicional fabricante de embalagens flexíveis com 65 anos de mercado. 

A ideia, segundo Jack Strimber, CEO da Packster, foi trazer mais agilidade e flexibilidade à operação, principalmente para pequenas e médias empresas que precisam lançar seus produtos com rapidez. 

“Juntamos esse DNA digital com a preocupação com sustentabilidade e criamos a Packster. Dentro do grupo, eu diria que a gente cumpre esse papel de inovação, trazendo soluções que conversam com um consumidor cada vez mais exigente”, lembra. 

Esse viés de inovação tem feito a empresa crescer dois dígitos por ano desde que nasceu, e o plano, de acordo com Strimber, é continuar ampliando a gama de soluções e expandir a atuação em mais segmentos e localidades. 

Hoje, a Packster atende os segmentos de alimentos e bebidas, congelados, ração e petiscos para pets, suplementos e vitaminas, cosméticos e farmacêuticos, e outros. 

“Nossa estratégia está muito ligada a três pilares: sustentabilidade, flexibilidade e digitalização. Hoje, o consumidor brasileiro valoriza muito a embalagem, não só a estética, mas principalmente a questão ambiental. Então o que a gente faz é ajudar as marcas a avançarem nisso de forma viável”, diz Strimber.  

Soluções para embalagens em diferentes materiais 

Para as marcas comprometidas com a sustentabilidade de seus produtos – uma exigência crescente na sociedade – a Packster oferece diferentes soluções em embalagens e materiais: 

Metalizado Reciclável: em monomaterial de polipropileno (PP) com polipropileno biorientado (BOPP) metalizado. Garante barreiras a gases e umidade para preservação de alimentos. Indicada para snacks, bolachas, cookies, sopas e cafés. 

Transparente Reciclável: Nas opções em monomaterial transparente em polietileno (PE) ou de polipropileno (PP). Projetadas com barreiras e transparência que ressalta o produto. Utilizadas para leite, pães, frios e embutidos.  

Branco Reciclável: Também nas opções em monomaterial de polietileno (PE) e polipropileno (PP), tem excelentes barreiras a gases e umidade.  

Polietileno Verde (PE Verde): o material foi desenvolvido pela Braskem a partir da cana-de-açúcar. As embalagens em PE Verde da Packster são certificadas pelo selo “I’m green” e têm funcionalidade equivalente ao PE convencional. 

Compostável: produzidas a partir de matérias-primas renováveis (amido de milho, bagaço de cana-de-açúcar e celulose), são certificadas para garantir sua decomposição segura em até 180 dias, sem deixar resíduos tóxicos ou microplásticos. 

material compostável ainda representa uma parcela pequena das vendas da Packster. Mas apesar dos desafios atuais de custo e infraestrutura, Strimber acredita que a tendência é de forte crescimento. 

“A gente lançou, por exemplo, uma embalagem compostável doméstica que literalmente vira adubo em casa, no jardim. Isso gera uma conexão imediata com o consumidor.” 

Todas as embalagens estão disponíveis nos modelos stand-up pouch (com e sem bico), sachê e box pouch

A Packster também fabrica bobinas de filmes de alta qualidade e impressão digital para as marcas que desejam criar embalagens usando suas próprias máquinas. 

Ecodesign e impressão digital 

A empresa colabora também no desenvolvimento do ecodesign das embalagens dos clientes, ou seja, ajuda as marcas a pensarem como elas podem ser mais sustentáveis.  

“Isso pode ser desde sugerir monomateriais, que são muito mais fáceis de reciclar, até pequenas mudanças de design que já melhoram a reciclabilidade. É um trabalho em conjunto: o cliente traz a realidade do negócio e a gente traz a visão técnica com a finalidade de dar um passo adiante em sustentabilidade sem perder a viabilidade econômica”, conta Strimber. 

Além dos materiais, o próprio processo de produção da empresa é mais sustentável. 

A Packster trabalha exclusivamente com impressão digital que, além de agilizar o processo, é mais amigável ao meio ambiente do que a impressão convencional. 

Algumas das vantagens ambientais da impressão digital: 

  • Reduz o desperdício de materiais em até 30%; 
  • Não utiliza produtos químicos nocivos, diminuindo a emissão de compostos orgânicos voláteis; 
  • Consome até 50% menos energia; 
  • Consome menos água do que os processos convencionais; 
  • Diminui em até 60% as emissões de CO2 em razão da otimização do processo e da redução do consumo de materiais. 

A impressão digital ainda oferece vantagens econômicas, como a eliminação de custos com clichês e cilindros, tiragens menores e a consequente redução no excesso de estoque, e capacidade de imprimir embalagens diferentes em um só pedido. 

Na avaliação do CEO, a empresa está no caminho certo, e ele enxerga um longo caminho de evolução pela frente. “Nosso objetivo é transformar a embalagem em um canal de marketing sustentável, que conecta marcas e consumidores de uma forma mais consciente e inovadora”

Aproveite para conhecer mais aplicações do plástico reciclado.