As embalagens de plástico são muito utilizadas para proteger alimentos de fatores ambientais como umidade, oxigênio e temperatura, assim como para facilitar  o manuseio, o transporte e a estocagem desses produtos. Elas também podem tem outras funcionalidades importantes, como facilitar o consumo do alimento em diferentes situações e atuar como uma ferramenta de divulgação da marca  aos consumidores, além das próprias características do produto, condições de estocagem, forma de uso, etc.

A seguir, separamos os principais tipos de resinas plásticas utilizadas em embalagens de alimentos no mercado. Acompanhe.

Principais tipos de resinas para embalagens de alimentos

Alguns exemplos de resinas plásticas utilizadas em embalagens de alimentos são os polipropilenos, que são hoje uma grande família com inovações de tempos em tempos (polietileno de baixa densidade, polietileno de alta densidade, polietileno de baixa densidade linear, metalocenos, acetato de vinila, álcool vinílico, etc.).

Entre as resinas de polipropilenos, há, por exemplo, os de baixa densidade, bastante usuais para casos nos quais haja termosselagem, transparência, barreira ao vapor d’água, equilíbrio nas propriedades mecânicas e monocamada. Essas resinas são usadas para embalagens de produtos secos em geral e como camada interna selante em laminados.

Já os de alta densidade apresentam maior resistência a temperaturas extremas e à tração, menor transparência e maior barreira ao vapor d’água. Por isso, são utilizados em laminados para cereais matinais, embalagens para produtos que serão cozidos dentro da embalagem, sacolas plásticas utilizadas em supermercados, frascos rígidos para produtos de laticínios, frascos para produtos desidratados, etc.

Há, ainda, as resinas copolímeros de etileno e álcool vinílico (EVOH). Elas têm como propriedades a excelente barreira ao oxigênio e a solventes orgânicos, transparência, brilho e alta resistência mecânica, elasticidade e alta resistência à abrasão.

As propriedades do EVOH são dependentes da concentração relativa dos comonômeros. Por apresentar sensibilidade à umidade, com perda das propriedades de barreira, ele é geralmente utilizado como camada intermediária em filmes flexíveis multicamadas para produtos derivados de proteína animal e queijos. No exterior, são utilizados em frascos coinjetados com poliéster (PET), usados para catchup, cerveja, sucos cítricos, geleias, etc.

O polipropileno, por sua vez, apresenta-se para alimentos que precisam de embalagem com transparência, rigidez, resistência a óleos e gorduras e baixa permeabilidade ao vapor d’água, a exemplo da massa seca, biscoitos, snacks, sorvetes, chocolates, etc. Também pode ser usado para produtos desidratados em geral e laticínios em potes e frascos.

“Em aplicações a baixas temperaturas, como em potes de sorvete, o polipropileno requer um copolímero com etileno”, pontua Rosa Maria Vercelino Alves, do Centro de Tecnologia e Embalagem do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos ).

O poliestireno alto-impacto (PSAI) é utilizado, principalmente, na fabricação de bandejas e potes termoformados, devido à sua facilidade de termoformação. Também é aplicado em rótulos termoencolhíveis e como poliestireno expandido na forma de bandejas para produtos cárneos, frios, fatiados, frutas e verduras e no acolchoamento e isolamento térmico.

O policloreto de vinila (PVC) é um tipo de resina que apresenta propriedades dependendo da formulação e orientação, tendo aplicações para alimentos in natura como filmes estiráveis.

Podemos citar, ainda, o copolímero de cloreto de vinilideno, o qual apresenta propriedades dependendo do grau de polimerização e proporções dos comonômeros utilizados na sua fabricação. Um exemplo dessa aplicação são os laminados usados como tampa de bandejas plásticas contendo alimentos com atmosfera modificada.

As poliamidas são uma grande família, cujas propriedades dependem da estrutura química e das condições de processo. As PAs, como são conhecidas, são hidrofílicas e a absorção de umidade afeta a processabilidade, resistência mecânica e propriedades de barreira. Em geral, apresentam boa barreira a gases e aromas, boa resistência mecânica, flexão e boa resistência térmica.

O que levar em consideração na hora de escolher a embalagem para alimentos?

Como é possível observar, as resinas aplicadas em embalagens de alimentos apresentam características bastante peculiares e exercem importantes funções, conforme explica Rosa Maria.

“A escolha de determinado tipo de resina vai depender se a embalagem é flexível ou rígida, das necessidades de proteção requerida pelo alimento a ser acondicionado, do número de camadas que compõem a embalagem, da presença ou não de outros materiais para compô-la, como o exemplo de papel, folha de alumínio e metalização. Também dependerá do processo de fabricação do material plástico, do processo de fabricação dos alimentos, entre outros fatores”, destaca.

Sabine Rossi,  gerente para desenvolvimento de mercado de embalagens da Dow, , aponta outros aspectos que devem ser levados em consideração na escolha dos materiais.

“É preciso cuidar da vedação hermética, da tenacidade geral para suportar a manipulação e a distribuição de longa distância, além da sustentabilidade.”

Ela complementa dizendo que “para aumentar a durabilidade e reduzir o desperdício dos alimentos, a utilização de embalagens como DOWLEX GM e INNATE, que protegem e prolongam a vida dos alimentos em toda a cadeia de valor, são uma excelente opção. Um dos diferenciais dessa resina desenvolvida por nós é a resistência à queda da embalagem o que dá maior durabilidade ao produto”, conclui a gerente da Dow.

Você conhecia as resinas plásticas mais utilizadas em embalagens de alimentos? Tem outro exemplo para compartilhar? Deixe sua mensagem nos comentários e até a próxima!