Você sabia que a injeção é o segundo processo produtivo mais utilizado na fabricação de transformados plásticos?
Ela responde por 25% da produção total, atrás apenas da extrusão (60%).
Em linhas gerais, o processo começa quando o polímero é inserido no funil da máquina injetora. Em seguida, é impressa a força necessária para levar o polímero do estágio sólido ao ponto de fusão, quando, então, é injetado no molde aquecido. Após esta etapa, o molde é resfriado e o produto final, extraído.
O que há de mais novo em máquinas injetoras?
Ainda que seja um processo bastante tradicional, as máquinas injetoras passam por contantes inovações.
Referência neste segmento, a ROMI apresentou algumas das novidades aplicadas a este equipamento na mais recente edição da feira Plástico Brasil, em 2023.
“Foi realizado o lançamento da linha de máquinas injetoras ROMI EN V6.0, completa, cobrindo os tamanhos de 70 a 650 toneladas”, lembra o diretor de Engenharia e de Novas Tecnologias da ROMI, Douglas Pedro Alcântara.
Entre as inovações, ele destaca:
- Novas dimensões da unidade de fechamento para instalação de moldes maiores, condizentes com a tonelagem da máquina;
- Otimização do mecanismo de fechamento que possibilita movimentos suaves, menor deformação das placas e melhor distribuição de forças, durante o travamento do molde;
- Unidade de Injeção com maiores opções de gramagem, garantindo a melhor adequação possível ao processo produtivo;
- Maior velocidade de injeção e maior capacidade de plastificação, proporcionando um menor tempo de ciclo;
- Conjunto plastificador de alto desempenho e resistente ao desgaste, garantindo melhor funcionamento da plastificação e longa vida útil no processamento de materiais termoplásticos com cargas e materiais reciclados; e
- Novo controle CM20 plus com novos recursos de navegação, controle de injeção inteligente e integração com periféricos via VNC.
Sobre as características que norteiam os fabricantes de máquinas injetoras, Alcântara destaca o uso crescente de materiais reciclados e o grande impacto que Indústria 4.0 proporciona na produtividade e inovação dos produtos injetados.
“Equipamentos mais otimizados quanto ao gasto energético e circularidade também têm sido novidades positivas neste mercado”, completa.
Questões ambientais
Segundo o diretor, as questões ambientais têm papel cada vez mais importante para os novos produtos no mercado de plásticos.
Citando a ROMI, Alcântara ressalta que os sistemas hidráulicos da nova linha de injetoras da empresa garantem o mínimo consumo de energia devido à malha de controle de vazão e pressão ser diretamente no acionamento da servo-bomba.
Com isso, há também uma economia no consumo de água para refrigeração do sistema.
“Além disto, os conjuntos plastificadores utilizam roscas plastificadoras com camada bimetálica, as quais permitem o processamento de materiais reciclados com mais facilidade.”
Injetoras na Indústria 4.0
Como não poderia deixar de ser, a Indústria 4.0 se faz presente em todos os novos negócios da empresa.
Alcântara explica que este conceito vai além de aplicação de novas tecnologias e se estende para a servitização, ou seja, atribuir um papel maior dos serviços em detrimento às vendas.
Para isso, a ROMI conta com o MAAS (Machine-as-a-Service), que se traduz como “máquina como um serviço”.
“Nossas máquinas para plásticos, como a nova linha de injetoras lançada na Plástico Brasil, podem ser locadas por tempo determinado graças à tecnologia que permite uma conectividade conosco, fazendo com que as tecnologias habilitadoras da indústria 4.0 possam ser, de fato, utilizadas no chão de fábrica para clientes de quaisquer tamanhos”, diz.
Já as características tecnológicas embarcadas nos equipamentos e serviços resultam em maiores eficiência, disponibilidade e flexibilidade. Veja algumas delas:
- Controles inteligentes (Inteligência Artificial) dos processos: possibilitam menor consumo de matéria-prima e energia, além do uso de materiais reciclados;
- Conectividade: disponibiliza dados em tempo real, permite a manutenção prescritiva/preventiva e diminui os tempos de preparação;
- Integração com periféricos: permite ajustes automáticos, atendendo à demanda produtiva em menor tempo e com maior qualidade.
“De fato, lançamos novos produtos que se utilizam de PCs Industriais de alto desempenho associados a controle determinístico (PLC) e interface intuitiva, computação em nuvem com análise de Big Data e recursos inteligentes de proteção de moldes”, afirma Alcântara.
Ao alcance de todos
O executivo destaca que quaisquer produtos da empresa, como a linha de injetoras EN V6.0 lançadas na Plástico Brasil, possuem as características necessárias para que os clientes se beneficiem das vantagens da indústria 4.0. e de vantagens ambientais presentes nos produtos.
“Os pequenos transformadores também podem se beneficiar destas inovações, transformando os ganhos em maior produtividade e rentabilidade”, aponta.
Sua indústria trabalha com injeção de plástico? Quais têm sido as principais inovações apresentadas pelos fabricantes de máquinas?
Aproveite e conheça o projeto do governo que incentiva a troca de máquinas na indústria.