Com a pandemia da COVID-19, muitas empresas da indústria do plástico reduziram ou interromperam suas atividades. Com mudança na dinâmica, ocorre a diminuição da atividade econômica e de seu resultado, que é a rentabilidade. Para tentar driblar as consequências do momento, é preciso adotar práticas eficientes de gestão de crise na indústria do plástico – e elas envolvem, principalmente, as finanças, o pessoal, e a produção. Acompanhe!

Gestão financeira eficiente: primeiro ponto da gestão de crise na indústria do plástico

Em momentos de crise, aparece a necessidade de pensar em novos modelos de negócio e soluções que ajudem a reduzir custos e aumentar o faturamento. Realizar uma gestão financeira eficiente é, assim, o primeiro passo de gestão de crise na indústria do plástico.

No que diz respeito à redução de custos, ela deve ocorrer de forma brusca, nos mínimos detalhes, porque o momento exige. O gestor pode pensar, por exemplo, em ter uma conta bancária 100% digital e gratuita, evitando os gastos com transações e anuidade de conta. Para saber o que pode ser reduzido e o que deve ser mantido, é preciso fazer uma previsão das despesas para os próximos meses e priorizar aquelas fundamentais para a atividade.

Em seguida, as despesas devem ser reajustadas conforme a situação. Isso inclui negociar aumento nos prazos de pagamentos com parceiros, fornecedores e instituições financeiras.

Quanto ao aumento do faturamento, a ideia central é buscar medidas que o possibilitem. Crie promoções para os produtos que ainda estão no estoque, amplie formas e prazos de pagamento.

Há, ainda, outras boas práticas de gestão de crise na indústria do plástico no tocante às finanças, como:

  • Pesquisar se há incentivos governamentais aplicáveis à sua empresa;
  • Renegociar dívidas atuais: negocie com o credor tendo em mente seu plano de pagamento da dívida. Este plano deve considerar a projeção realista de fluxo de caixa (mostrará valores disponíveis para o pagamento), os valores adicionais disponíveis (outros recursos que podem pagar a dívida, como venda de estoque ou máquinas) e o cálculo dos valores do financiamento.
  • Pegar um empréstimo deve ser considerado somente se você não conseguir negociar, se o valor final da nova dívida for mais baixo do que o da atual e se o prazo for maior, possibilitando refazer o caixa após a crise.

Gestão de equipes

Outro ponto importante na gestão de crise na indústria do plástico se relaciona à gestão de pessoas. Como manter o engajamento e a motivação de seus profissionais em momentos como esse? O primeiro passo é ter uma comunicação frequente, objetiva e transparente. Ela é importante para a fluidez do fluxo de trabalho existente, ainda que sua produção esteja reduzida. A boa comunicação também passa mais segurança aos funcionários acerca da pandemia e dos potenciais riscos aos quais podem estar expostos. 

Medidas que prezem pelo bem-estar físico e mental dos colaboradores são essenciais. Se alguns podem trabalhar de home office, estabeleça condições de trabalho flexíveis. Se sua empresa está envolvida com uma atividade essencial para a pandemia (caso da comunidade de manufatura aditiva), pense em escalas de trabalho seguras, de modo que os riscos de contágio da doença sejam minimizados.

De acordo com o SEBRAE, “cuidar da segurança e bem-estar dos colaboradores é o primeiro desafio posto pela COVID-19 aos empreendedores. Como medida da prevenção, os funcionários devem ser informados acerca dos riscos de infecção e sobre os cuidados para diminuir a transmissão dos vírus. Ofereça materiais informativos e garanta suporte aos colaboradores”. 

Gestão da produção

A produção é um dos pontos críticos na crise. Ao mesmo tempo em que há baixa ou nenhuma demanda pelo produto, o estoque não foi zerado. Por isso, a primeira dica para a gestão de crise na indústria do plástico quanto à produção é adequar o estoque

É preciso considerar o prolongamento do ciclo de uso da mercadoria, sem se esquecer do aumento de custos associados e da pressão no fluxo de caixa. Em caso de longos ciclos de produção, é preciso se preparar de forma antecipada para a retomada da demanda quando a crise demonstrar sinais de retração. Assim, é possível previnir riscos de estoques insuficientes.

Essa é também a recomendação de especialistas do SEBRAE: “Fracione compras. É hora de minimizar perdas. Evite realizar grandes processos de compras e opte por fragmentar os pedidos. Resultado: reduz gastos e evita estoque parado. Considere o que acontece hoje, mas não ignore as projeções futuras. É necessário que a sua empresa esteja adequada ao cenário de crise”. 

Outra boa prática é oferecer uma estrutura tecnológica para o trabalho remoto de profissionais que podem exercê-lo, especialmente aqueles relacionados à gestão administrativa e financeira. Essa é a maneira de manter esses colaboradores com trabalho produtivo durante a crise.

A gestão de crise na indústria do plástico é fundamental para que o negócio se sustente enquanto ela durar. Apesar das dificuldades, as indústrias que adotam essas boas práticas têm maiores chances de passar pela crise. Como sua empresa está lidando com esse cenário?