Diante das mudanças no setor elétrico, a indústria do plástico está diante de uma questão: é hora de gerar sua própria energia? Saiba mais sobre geração distribuída!

A transformação digital, que já transforma a indústria do plástico, chegou ao setor elétrico. É hora de desenhar novos modelos de negócio, emuma produção que aponta para um futuro descarbonizado, descentralizado e digitalizado. Abrindo espaço para debates, temas como a geração distribuída de energia ganham cada vez mais espaço.

“O consumidor de energia começa também, da mesma forma como temos acesso a plataformas opcionais de transporte, a buscar serviços alternativos de energia. Essa é uma tendência que vai se proliferar”, comenta Cyro Vicente Bocuzzi, CEO da ECOEE, que foi vice-presidente da Eletropaulo, a maior distribuidora de energia do Brasil, hoje Enel São Paulo.

Geração distribuída no cenário nacional

O Sistema Elétrico Brasileiro ainda tem muito o que avançar. Porém, algumas iniciativas estão em andamento. Entre elas, está a geração distribuída, em que consumidor produz sua própria energia com fontes como solar, biogás e eólica. É uma oportunidade para a indústria, um dos principais consumidores do setor.

“A agência reguladora está entusiasmada com as novas tecnologias. Um exemplo disso é a Resolução Normativa 482/12. Enfrentar o tema da geração distribuída é reconhecer que essa é uma tecnologia inexorável. Ou a agência regula, ou ela será atropelada pela tecnologia”, disse o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Efrain Pereira da Cruz, em entrevista concedida em Curitiba (PR).

A micro e mini geração distribuída permitem que a energia tenha um fluxo diferente, saindo do tradicional usina-transmissão-distribuição. A massificação das baterias também pode ser uma aliada importante para a independência do consumidor industrial.

Muito além da energia solar

O diretor de Tecnologia e Regulação da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Leonardo Caio, lembra que a geração distribuída é um conceito que transcende a Resolução 482. Além do sol, duas opções importantes para a geração distribuída são o gás natural e o biogás. O uso da cogeração a gás é um acerto. Isso porque indústria e comércio nem sempre podem implantar uma mini usina eólica ou solar. “A eficiência do gás natural já está em 75%, entro com gás e saio com energia elétrica, água quente e gelada”, frisou.

O gás natural vai trazer a segurança para a variabilidade característica das fontes renováveis.  Nos períodos em que os ventos não forem intensos ou à noite, as térmicas movidas a gás de grande porte entram para dar segurança ao sistema elétrico. “Esse gás na base serve para firmar a nossa carga e o que vem de solar e eólica entram para ajudar a preservar os reservatórios”, destacou Caio, ressaltando que o desempenho da biomassa em 2018 contribuiu para poupar os reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste em 15%.

Energy Week: oportunidades para a indústria

Nos dias 28, 29 e 30 de maio, em São Paulo, consumidores e agentes da cadeia produtiva do setor elétrico terão a oportunidade de debater todos esses temas. É a oportunidade de discutir de que forma a indústria – um dos grandes players consumidores nesse cenário – encontrar opções que levem a uma eficiência energética cada vez maior. O Energy Week, realizado pela primeira vez pelo Grupo CanalEnergia|Informa Markets, vem com a proposta de ser o evento 3D do setor, conectando em um só lugar consumidores com o que mais inovador e tecnológico está se discutindo no setor de energia no Brasil. Inscreva-se e participe!