Hoje, para dar um salto na frente da concorrência é preciso investir em inovação. Certo? Agora, pense onde está a origem da inovação dentro de uma fábrica, senão nas pessoas. Avançando um pouco mais, pode-se chegar a outra conclusão: a diversidade de experiências pessoais amplia as perspectivas de um ambiente inovador. Por isso é preciso cada vez mais abrir as portas da indústria para as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, que representam 6,2% da população brasileira segundo último levantamento divulgado em agosto de 2015 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) feito em parceria com o Ministério da Saúde.

A inclusão constrói, no ambiente de trabalho, olhares diferentes sobre um mesmo objeto, enriquecendo todos os indivíduos que ali estão, defende Felipe Morgado, gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do Senai. “Também promove a criatividade e a inovação, promove a diversidade como uma estratégia para ampliar a visão global, supera barreiras por meio de soluções inovadoras que podem ser aplicadas a produtos e processos, gerando novos olhares e perspectivas.”

O trabalho, na nossa sociedade, é um organizador das relações pessoais e profissionais, explica Morgado. “Relatos da inclusão de pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e com necessidades específicas demonstram que a qualidade das relações e do ambiente de trabalho se amplia quando privilegia o diverso e plural.”

O gestor da indústria com mais de 100 funcionários deve estar atento à lei 13.146 que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2016, que assegura o preenchimento de 2 a 5% das vagas a funcionários reabilitados ou com algum tipo de deficiência física ou intelectual.

Ao promover a inclusão, na avaliação do executivo, a indústria além de cumprir a nova lei também é vista como inovadora e como aquela que olha para todos e não apenas para alguns. Em consequência, os produtos oferecidos pela marca ganharão um inevitável rótulo positivo, quantitativo e qualitativo.

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