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Saiba como realizar a compensação ambiental de embalagens plásticas

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Considerado um ótimo modelo de economia circular, a compensação ambiental de embalagens plásticas dá às empresas a possibilidade de mostrarem que adotam ações de reciclagem

Em pleno século XXI, nossa sociedade sabe (ou deveria saber) qual é o peso do impacto ambiental do estilo de vida que levamos.

Durável, versátil e de baixo custo, o plástico está presente em nosso dia a dia e é essencial para muitas necessidades. Por outro lado, representa um desafio ambiental, principalmente quando descartado de forma incorreta.

O que nem todos sabem é que existem maneiras de tentar compensar isso e enquadrar a empresa, fabricante ou distribuidora, ao que é previsto pela legislação brasileira.

Uma iniciativa bastante interessante é representada pelo selo eureciclo que, além de promover a compensação ambiental de embalagens plásticas, é uma forma de comunicar ao mercado que a empresa é sustentável na prática.

Este modelo de compensação ambiental foi discutido por Marcel Matiolli, Coordenador de S&OP da eureciclo, na Plástico Brasil no Ar. Confira o que ele disse sobre o tema!

Modelo de compensação ambiental: como funciona?

Focado na temática de redução de impactos do uso do plástico, o mecanismo de compensação ambiental de embalagens plásticas é um importante instrumento que as empresas podem adotar para reduzir os danos do uso do plástico na sociedade.

De uma maneira bem simples, Marcel Matiolli explicou que este é um mecanismo que se baseia na reciclagem de materiais equivalentes ao material da embalagem. 

“Na compensação, não é um plástico específico que está sendo compensado e sim um produto equivalente em peso, tipo e região que irá para a reciclagem.”

Segundo disse o coordenador da eureciclo, o importante é que a reciclagem está ocorrendo, independentemente da marca ou o uso prévio da embalagem. 

“Na compensação ambiental não importa qual embalagem está sendo reciclada, o importante é que a reciclagem ocorra!”

Para as condições territoriais de um Brasil imenso, a compensação ambiental de embalagens plásticas é uma alternativa muito interessante no âmbito da responsabilidade ambiental.

Melhor forma de se adequar à PNRS

Em sua discussão, Matiolli disse também que o modelo de compensação ambiental de embalagens plásticas é uma excelente estratégia para que a empresa invista na cadeia de reciclagem do Brasil, beneficiando toda uma cadeia. 

“Com este tipo de investimento conseguimos aumentar a renda das empresas de triagem e reciclagem, também valorizamos os atores que atuam no segmento.”

Para explicar essa importância, o coordenador da eureciclo cita o exemplo hipotético de uma empresa que comercializa um determinado volume de embalagens ao mercado consumidor.

“Imaginemos que uma empresa comercializa 100 toneladas de uma embalagem. Pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), essa empresa precisa comprovar que pelo menos 22% deste volume é destinado para a reciclagem, ou seja, 22 toneladas.”

Matiolli continuou: “Por várias questões, essa empresa não tem uma estrutura de logística reversa capaz de destinar à reciclagem pelo menos essas 22 toneladas. Então, para se enquadrar às regras, ela opta pela compensação ambiental!”

No modelo de compensação, a empresa paga um valor extra aos centros de triagem e empresas de reciclagem para que eles se empenhem em coletar uma embalagem equivalente à embalagem que ela comercializa, reciclando-a dentro do conceito de logística reversa.

Mas, para que esse mecanismo realmente funcione, Matiolli salientou a importância da consciência ambiental do consumidor no uso de embalagens plásticas. 

“Dentro dessa ampla cadeia, os consumidores têm grande responsabilidade. Cabe a eles adotar atitudes e hábitos de consumo consciente para reduzir o consumo do plástico do dia a dia.”

Por sorte, o especialista destacou que este é um cenário que já começou a mudar. “Uma pesquisa realizada pela SPC Brasil mostrou que 9 em cada 10 consumidores brasileiros acreditam que ações de desenvolvimento sustentável são importantes. Então precisamos colocar isso em prática!”, complementou.

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Selo eureciclo: procure pelo sorriso!

Com pioneirismo e referência em créditos de reciclagem e logística reversa de embalagens, o selo eureciclo (representado por um sorriso) é a melhor estratégia para que uma empresa invista diretamente na cadeia de reciclagem, e ainda consiga comprovar seus impactos ESG.

Matiolli explicou que este selo é também uma forma de comunicação da marca para com seus clientes. 

“Com este selo, a marca mostra que valoriza a atuação dos agentes de reciclagem. Para isso, ela compra créditos (o selo), remunerando o setor de reciclagem e estruturando essa cadeia.”

Além disso, ter este selo na embalagem representa também mais uma forma de o consumidor escolher um produto cuja empresa mostra respeito ao meio ambiente. Para ele, é mais um ponto que ajuda na decisão.

O coordenador da eureciclo salientou também que há três tipos de selos que podem estar presentes nas embalagens, que são:

Selo eureciclo 22% 

Feito para empresas que desejam gerar impacto positivo cumprindo o mínimo que a lei exige (22%). “Dessa maneira, é possível cumprir com o percentual mínimo exigido pela lei a um custo acessível”, destacou Marcel Matiolli.

Selo eureciclo 100% 

Representa a compensação de 100% do equivalente ao volume total de suas embalagens. Ou seja, para cada embalagem colocada no meio ambiente, 1 embalagem equivalente será reciclada.

Selo eureciclo 200% 

Criado para empresas que desejam causar o dobro impacto positivo ao meio ambiente e fazer a diferença no mundo. Com este selo, para cada embalagem de um produto, é feita a compensação ambiental de 2 equivalentes. 

“Isso quer dizer que, se ao longo de um mês for gerado 1 tonelada de resíduos, será recolhido do meio ambiente 2 toneladas do mesmo material equivalente”, explicou.

Com essa e outras iniciativas, Matiolli finalizou sua apresentação comentando que a reciclagem no Brasil possui excelentes perspectivas para o futuro.

“As empresas, os consumidores e os investidores estão cada vez mais olhando para este tema. Mas ainda há muito a ser feito, visto que a taxa de reciclagem no Brasil é de apenas 3 a 4%.”

Dentro deste cenário, Matiolli citou que o modelo de compensação ambiental se apresenta como uma ótima solução. “Essa é uma solução testada e validada na Europa e que tem tudo para fazer a diferença no nosso país”.

Para saber mais sobre o selo eureciclo e a compensação de embalagens plásticas assista ao bate-papo na Plástico Brasil no Ar.

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