Como meio de aumentar a produtividade e diminuir custos, as empresas vêm cada vez mais utilizando robôs em seus processos. Nesse quesito, vem ganhando destaque o uso da tecnologia chamada de RPA.
A sigla, que significa Robotic Process Automation (Automação Robótica de Processos, em tradução direta), é um processo em que máquinas realizam trabalhos burocráticos e repetitivos incansavelmente.
Diferentemente dos robôs industriais, os bots de RPA não são maquinários físicos, e sim softwares que gerenciam outros robôs dentro de sistemas digitais.
Por exemplo, eles conseguem extrair informações ou coletar dados de sites, aplicativos e formulários.
Entre seus principais benefícios estão:
- Maior eficiência
- Melhor produtividade
- Menor risco de erros
- Maior agilidade na produção
- Menor custo operacional
- Flexibilidade
Para Fernando Baldin, CEO da AutomationEdge, fornecedora de soluções de Hyperautomação, Robotic Process Automation e IT Automation, o processo vai muito além de reduzir os custos operacionais.
“Não se trata apenas de cortar custos ou aumentar a produtividade, mas de abraçar uma transformação digital mais profunda, na qual a automação complementa e potencializa os esforços de digitalização”.
Automatização: por onde começar?
Baldin orienta que, para começar a implementar o sistema RPA, é mais importante preocupar-se com a capacidade de desenvolver robôs do que com o resultado imediato.
Sendo assim, ele recomenda que, no início da implantação, os robôs realizem ações simples e de baixa complexidade, e que não ofereçam grandes riscos à empresa.
Além disso, afirma que o principal requisito é a habilidade dos humanos que vão manipular, já que o robô é somente uma plataforma – ou seja, uma ferramenta. Baldin considera que o maior desafio nas pequenas e médias empresas é treinar e desenvolver profissionais para atuarem e interagirem com essa tecnologia.
RPA na indústria
A utilização dos robôs de software colabora para automatizar e dar mais segurança a vários processos na indústria. Entre eles, estão:
Atendimento ao cliente: os robôs de RPA possuem capacidade de coletar dados e interagir com diferentes interfaces, sendo uma boa opção para fazer um primeiro contato.
Cálculos matemáticos: esses bots também podem ser utilizados para resolver operações matemáticas, das mais simples às complexas, com agilidade e precisão, reduzindo o risco de erro no resultado.
Controle de e-mails: a aplicação pode ser feita na área de e-mails, seja para uma resposta automática, seja para disparo periódico, o que diminui as chances de perder um prazo importante ou esquecimento.
Baldin destaca áreas em que esses bots são úteis na coleta e administração de dados, sejam eles monetários ou de usuários:
“As plataformas de automação são muito usadas nos setores de RH, para a gestão de entrada e saída de colaboradores e os benefícios adjacentes destes; para a área financeira, com o ciclo de acesso aos bancos e baixas de arquivos de lote, e também para a contábil, com o processo de entrada de nota, cadastro de fornecedores e atualização de cadastro.”
Indústria do plástico
Agora que já sabemos o que é o RPA e suas funcionalidades, como podemos aplicá-lo na indústria do plástico?
Os bots auxiliam nas tarefas simples, burocráticas e rotineiras, liberando o material humano para áreas complexas que demandam pensamento mais avançado. Elespodem, por exemplo, construir relatórios e coletar resultados, otimizando tempo e esforço humano.
Para Baldin, são úteis também para melhorar a reputação da empresa e manter sua qualidade: “Já existem muitos casos em que o RPA ajuda as empresas a manterem seus certificados de qualidade e de Compliance, com base nas regras que aqui tem que submeter”.
Ele lembra o tanto de trabalho repetitivo e de padronização que existe quando uma empresa tem que seguir uma série de normas, que exigem a execução contínua dos mesmos relatórios e a aferição dos mesmos dados.
“Nesse ponto, uma plataforma de RPA pode ser muito útil para liberar as pessoas para analisar os dados e deixar um robô para fazer a coleta e construção de relatórios padronizados”, conclui.