Um dos processos de transformação mais utilizados na indústria do plástico atualmente, a termoformagem a vácuo, ou vacuum forming, é uma tendência do setor pela sua versatilidade e baixo custo. O processo consiste no aquecimento controlado do material termoplástico a uma temperatura suficiente para a sua adequação à forma do molde utilizado, que pode ser positivo (convexo) ou negativo (côncavo).

O método pode ser empregado na fabricação de peças e também de embalagens e invólucros, garantindo excelente qualidade e mais economia, sobretudo quando comparada à injeção plástica, por exemplo.

Confira, a seguir, como a termoformagem a vácuo funciona e por quais razões ela pode ser uma boa opção para a sua indústria.

O baixo custo da termoformagem a vácuo

O processo de termoformagem a vácuo alia precisão técnica e baixo custo, além de levar grande vantagem na criação de protótipos e na produção imediata em pequena escala, se comparada a outros processos de fabricação.

André Bordignon, proprietário e engenheiro da Brawel Máquinas, explica que a técnica é acessível “porque é simples e não depende de instalações industriais complexas, embora não consiga substituir completamente outros processos, já que há peças que só a injeção plástica faz, devido a detalhes pequenos, como travas e gatilhos, e peças com alto grau de complexidade”, explica.

Porém, quando o assunto é a substituição da técnica de rotomoldagem, por exemplo, a termoformagem a vácuo ganha em todos os sentidos. “Ela é rápida, mais barata, é prática e tem cores mais diversificadas e acabamento mais bonito”.

Vantagens da termoformagem a vácuo

A termoformagem a vácuo apresenta um bom desempenho, tanto nas demandas sofisticadas quanto nas de larga escala, como a produção de copos plásticos, por exemplo. Além disso, segundo Bordignon, as alterações de última hora do produto final não trazem altos impactos no custo, graças à facilidade do processo da criação dos moldes.

Confira, a seguir, as principais aplicações do processo realizadas no mercado atualmente.

•    Maquetes para arquitetura: fabricação de miniaturas de modelos arquitetônicos;

•    Informática: capas transparentes para teclados e periféricos;

•    Indústria eletrônica: bandejas antiestática para componentes, manufatura de caixas, capas e coberturas de dispositivos;

•    Indústria de design:  produção de protótipos para pré-produção, cinema, multimídia, cosplay, criação de costumes, fantasias, modelos para animação;

•    Aplicações médicas e hospitalares:  máscaras de radioterapia para o tratamento de pacientes com câncer, máscaras de pressão para vítimas de queimaduras, próteses, brackets dentários;

•    Modelismo/Hobby: produção de carrocerias, bolhas, canopies, cockpits, fuselagens, etc.;

•    Embalagens: bandejas, gavetas, cosméticos, blisters e embalagens com o perfil do produto, criação de formas para chocolate, ovos de Páscoa, formas de bolos, copos e pratos descartáveis, fabricação de brindes e artigos promocionais.

“Creio que, no Brasil, haja um grande potencial de crescimento dessa técnica, porém, as pessoas precisam conhecer melhor a termoformagem a vácuo. Em um congresso, se você perguntar: ‘quem conhece a injeção plástica? ’, praticamente todos vão dizer que sim, mas se você falar em vacuum forming, não vai aparecer quase ninguém, porque o processo requer um conhecimento mais especializado”, conclui o especialista.

Quer saber mais sobre a termoformagem a vácuo e outros processos da indústria do plástico, continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e até a próxima.