A TRF (Troca Rápida de Ferramentas), também conhecida como SMED (Single Minute Exchange of Die – Troca de Ferramenta em um Minuto), é uma prática bastante comum nas indústrias do plástico em todo o Brasil.

A metodologia se fundamenta em técnicas que enfatizam o trabalho em equipe e a proposição de formas criativas para melhorias nesse processo, permitindo, assim, que empresas reduzam o tempo gasto para a preparação ou setup de máquinas, podendo gerar uma estratégia de produção de pequenos lotes. Isso resulta em uma diminuição no nível de perda de qualidade e de tempo de espera, possibilitando a redução de estoques excessivos gerados pela superprodução, além de uma maior flexibilidade de produção.

Recomendações para a boa execução de TRF/SMED em injetoras de plástico

Para que a prática TRF/SMED em injetoras de plástico seja bem feita, é fundamental a busca constante por melhorias, conforme explica Kleberson Rogério de Paiva, professor da Escola Senai Conde Alexandre Siciliano, de Jundiaí.

“Aumentar a capacidade produtiva dos equipamentos e reduzir o tempo de preparação ou setup de equipamentos, minimizando períodos não produtivos no chão de fábrica, são demandas da indústria do plástico que devem ser tratadas como prioridade em ações estratégicas das organizações, proporcionando vantagens competitivas sem grandes investimentos, de forma a se adaptarem e cultuar formas claras e criativas no ambiente de trabalho das empresas”, destaca.

Cabe salientar que o primeiro passo para isso é ter um planejamento estratégico, de modo a direcionar metas específicas, objetivos e resultados. “A implantação da metodologia de TRF/SMED proporcionará a aplicação de estágios conceituais e técnicas associadas”, pontua Paiva.

No estágio preliminar, faz-se necessário conhecer os parâmetros de tempo das atividades realizadas no setup, o estudo do método, das observações e das discussões informais com os trabalhadores –  tudo isso ajuda na identificação de possíveis melhorias.

É importante ressaltar, ainda, que a melhoria sistêmica de cada operação básica do setup interno e externo permite visualizar o TRF/SMED com uma melhoria contínua. “Há ganhos nos processos de estocagem, transporte de talhas, matrizes, guias e batentes, implementação de operações em paralelo, uso de fixadores funcionais, eliminação de ajustes e sistemas de mínimo e múltiplo comum”, salienta o professor do Senai Jundiaí.

Erros comuns na execução de TRF/SMED

Algumas empresas do setor de transformação do plástico geralmente não mensuram o tempo desperdiçado durante o TRF/SMED  e acabam trabalhando com um tempo disponível de máquina que não é verdadeiro.

O resultado é refletido na quantidade de horas extras adicionais necessárias para compensar a ineficiência das trocas de ferramental. Entre os erros mais comuns, cabe destacar a falta de planejamento, organização, padronização e definição de procedimentos.

Além disso, impactam nos resultados a falta de preparação dos trabalhadores nas distintas etapas e a falta de treinamento em operações e programação.

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