A pintura e o acabamento de peças plásticas injetadas são um dos processos mais importantes no dia a dia das indústrias por darem aos itens um aspecto e brilho de superfície similar ao metal, ocultar falhas de modelagem e ainda protegê-los dos efeitos provocados pela exposição à luz e pela ação de agentes externos.

Os materiais submetidos frequentemente à pintura são os termoplásticos e os termoendurecidos. Fernando Loureiro Esteves, coordenador de desenvolvimento da Injequaly, explica como é feito o procedimento em um perfil de peça.

“O que temos hoje no mercado são peças, grande parte em ABS ou Nylon, que fazem a injeção do material natural e, posteriormente, a pintura eletrostática. O processo é feito em até três camadas, sem alterar o dimensional da peça”, explica.

Pintura eletrostática  

A pintura eletrostática  utiliza o princípio da atração e repulsão de cargas elétricas para criar um acabamento uniforme e duradouro nas peças. Usualmente, ela é mais aplicada em superfícies metálicas, mas pode ser utilizada em qualquer material carregado eletricamente, desde que seja realizado  um pré-tratamento das peças para propiciar a ancoragem da tinta sobre as superfícies.

A tinta utilizada é um pó químico que se subdivide em três tipos: poliéster – com ótima aderência – epóxi – com grande resistência à corrosão – e híbrido –  combinação das duas anteriores.

Na pistola de pintura, o pó é carregado eletrostaticamente e transferido através do fluxo de ar, movendo-se até o objeto a ser pintado, seguindo as linhas do campo elétrico formado entre o objeto e a ponta da pistola.

Texturização

Em relação à tendência em acabamento de peças plásticas injetadas, um modelo que tem surgido com bastante intensidade é o da texturização. Com essa técnica, a pigmentação do produto é eliminada, permitindo que a pintura seja feita com qualquer cor. “O acabamento da texturização é superior e, por meio dele, é possível cromar e metalizar”, comenta.

Cabe ressaltar, também, que a peça texturizada precisa ter uma pintura homogênea, não pode ter alteração no processo e tampouco acúmulo de tinta.

“A peça será pintada desde a criação do molde, fazendo a textura de modo que a tinta não agrida, não acumule. O processo já existe em algumas montadoras de veículo”, conclui.

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