O serviço de limpeza dos moldes e dos componentes das máquinas utilizadas no dia a dia da indústria do plástico é imprescindível para afastar o risco de danos e promover o bom andamento das linhas de produção. A prática ajuda, ainda, a reduzir o tempo de parada dos equipamentos e a melhorar a produtividade do chão de fábrica como um todo. Não à toa, diversas tecnologias sofisticadas vêm sendo desenvolvidas nesse sentido para atender a necessidade das empresas do setor.

Dentre os recursos disponíveis no mercado, podemos destacar a limpeza criogênica, feita com bombardeamento de gelo seco, técnicas de lavagens ultrassônicas, uso de fornos de pirólise ou leito fluidizado, entre outros.

Confira, a seguir, as particularidades de cada um deles e saiba como escolher o melhor para a sua indústria.

Limpeza criogênica

Realizada através do jateamento de gelo seco, a limpeza criogênica tem sido adotada por diversos segmentos industriais como forma de maximizar a qualidade e capacidade produtiva. Isso porque promove a remoção de resíduos decorrentes da produção, assim como de seus agentes relacionados e contaminantes.

O sistema também tem sido aplicado com sucesso na remoção de tinta, óleos, graxas, biofilmes, carbonizações, carepas de fundição e soldas, colas, poeira, resíduos sólidos, aglutinados, etc.

A limpeza criogênica é isenta de umidade, não é abrasiva e nem inflamável. Além disso, não é condutora de eletricidade, não gera resíduos secundários e não causa nenhum dano aos produtos.

Entre as suas principais vantagens, estão a rapidez, a garantia de um melhor acabamento, além do cuidado para que não haja nenhum tipo de desgaste da superfície a ser limpa.

Lavagens ultrassônicas

A lavagem ultrassônica é realizada mediante a um processo de imersão composto por três componentes: tanque de aço inoxidável aquecido que mantém a solução de limpeza, os componentes e/ou as placas do molde;  transdutores ultrassônicos imersíveis, responsáveis por converter a energia elétrica em energia sonora; e fonte de alimentação para gerar uma frequência de 25 kHz de frequência, que é a mais indicada para as peças grandes.

Os tanques de limpeza atendem a diversos tamanhos de molde e proporcionam aumento de produtividade, menos horas de manutenção, maiores tempos de operação, menos desperdício e mais operações entre as tarefas e a manutenção.

Pirólise

Nesta tecnologia para limpeza de moldes, as peças são colocadas em uma câmara a uma temperatura de 450ºC. O material é decomposto e passa, automaticamente, para uma segunda câmara para ser incinerado. O ciclo de limpeza dura de 4 a 5 horas, sendo recomendado para indústrias que possuem peças de grande volume e peso ou peças em grande quantidade.

“O benefício desse sistema é o uso das temperaturas controladas que evitam danos ao ferramental. Além disso, ao utilizar o recurso para a limpeza, a indústria libera o operador para outra atividade”, destaca Antonio de Primo, diretor da Dynaflow, empresa especializada nesse tipo de limpeza.

Leito fluidizado

Neste equipamento, as ferramentas são introduzidas em um recipiente, responsável por receber um fluxo de ar e fazer com que as partículas fiquem com uma área movediça.

Apesar de serem partículas sólidas, elas se comportam como se fossem fluidos que, por meio do calor, removem o bicarboneto das peças.

Para a eliminação do restante do hidrocarboneto que não foi craqueado no processo, os gases passam por um segundo equipamento chamado de “Afterburner”, que aumenta a sua temperatura, promovendo a decomposição completa e eliminando a fumaça e o odor. Dessa forma, o aparelho é um complemento do sistema de limpeza e serve para tratar os gases antes do seu envio para a atmosfera.

“Mas, apesar de ser um sistema mais rápido, ele apresenta um ciclo de limpeza de, aproximadamente, duas horas, além de não permitir a limpeza de peças muito grandes ou de grandes volumes. Para esse tipo de ferramental, o leito fluidizado é economicamente inviável”, esclarece Primo.

Cabe ressaltar, também, que o custo-benefício das tecnologias para limpeza de moldes costuma ser bastante vantajoso. “O equipamento para a limpeza, tanto pelo método Pirólise quanto pelo leito fluidizado, pode ser adquirido para utilização dentro da própria empresa, com um custo de mão de obra muito baixo”, informa Antonio de Primo.

Quer saber mais sobre as tecnologias capazes de otimizar a limpeza de moldes e das máquinas-ferramenta da indústria do plástico? Siga acompanhando o nosso canal de conteúdo e até a próxima.