Para alcançar melhores níveis de qualidade na injeção de termoplásticos, muitos processos especiais foram criados pelas indústrias do setor na busca pela competitividade, como é o caso da injeção a gás. A técnica é utilizada para moldar peças plásticas a partir da aplicação do nitrogênio de alta pressão.
De acordo com Helena Borges, engenheira em materiais pela UFRGS e pós-graduada em Engenharia de Plásticos pela UniSociesc, “a prática também permite a redução do peso do produto final, o que pode significar uma queda considerável de despesa, em casos de grandes volumes de produção”.
Durante o processo, o gás desloca a resina utilizada, comprimindo-a contra as paredes da cavidade da peça moldada, o que cria um “vazio” em seu interior e faz com que a quantidade de material usado e o peso final do termoplástico diminuam consideravelmente. O tempo necessário para o resfriamento também diminui de maneira proporcional à massa, o que provoca, inclusive, a redução no tempo dos ciclos produtivos.
A seguir, confira os diversos processos utilizados na injeção a gás que podem ser aplicados na sua indústria.
Short Shot
Neste método, o molde é preenchido com a resina utilizada para a fabricação da peça e, a partir de um ponto considerado adequado, o gás é injetado, preenchendo todo o espaço do molde. Ou seja: uma grande quantidade de gás é injetada em comparação com a quantidade de polímero.
PEP (Processo de Expulsão de Plástico)
O processo de expulsão de plástico consiste, basicamente, no preenchimento parcial da cavidade da peça a ser moldada, seguido pela injeção de nitrogênio. A diferença, portanto, fica por conta do espaço extra que é mantido dentro do molde.
Full Shot
É um método indicado para peças com dificuldades de produção específicas, como molduras de aparelho de televisão, espelhos retrovisores de automóveis e peças com nervuras. A sequência na injeção é idêntica aos outros processos, a única diferença é que o gás é injetado em zonas específicas (com maior concentração de massa de polímero), de modo que exerça uma pressão em determinados locais, eliminando problemas como chupagem e contrações.
EGM (Processo External Gás Molding)
“Este processo tem a mesma vantagem dos outros, sendo indicado para produtos similares aos do full shot”, explica Helena Borges.
Porém, neste caso, o molde é preenchido parcialmente com a resina e, logo depois, o nitrogênio é injetado em determinados pontos, situados na face oposta à da entrada da resina.
Como o gás é comprimido para forçar o plástico contra as paredes da cavidade em todos os métodos, o grande segredo para se obter o sucesso é localizar os pontos de introdução do nitrogênio de forma correta.
Quer saber mais sobre as técnicas de injeção a gás empregadas na indústria do plástico? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e até a próxima!