A soldagem plástica é um método de fabricação e reparo de componentes utilizado na fundição de peças de plástico. É um processo que funciona com o aquecimento de determinadas partes ou pontos das peças.

Assim, o plástico amolece e começa a liquefazer, possibilitando a junção e solidificando-se novamente após o esfriamento. Ou seja, quando o plástico esfria, ocorre uma ligação química entre as duas partes, ocorrendo assim a fundição dessas peças.

Normalmente, usa-se a vara de solda termoplástica para agir como um elemento de liga entre as partes.

No entanto, quando é preciso fazer a união de peças termoplásticas existem algumas metodologias para que isso ocorra. Devido à complexidade da geometria interna, não é possível fazer uma única peça de uma só vez. Dessa forma, a peça é moldada em duas fases, com dois moldes, para depois fazer a soldagem.

Qual a diferença entre colagem x solda plástica?

O processo de soldagem é bem diferente da simples colagem com algum tipo de adesivo.

“Na colagem, teríamos um adesivo que teoricamente une peças de plástico. Só que a gente tem um problema muito grande quando falamos em plásticos. Muitas vezes, eu quero unir um termoplástico A com um termoplástico B, mas eles não têm compatibilidade entre si”, alerta Eduardo Garcia Vargas, instrutor de formação profissional e consultor nas áreas de transformação de termoplásticos do Senai São Paulo.

De acordo com o especialista, “a solda surgiu a partir do momento que se fez necessário a união de materiais plásticos quando não existia uma cola ou um adesivo à temperatura ambiente”. Além disso, o adesivo apresenta limitações, podendo sofrer hidrólise ou mesmo soltar, se ele for muito rígido, durante uma torção.

Com a solda, é possível aquecer o polímero ao ponto de fusão no qual será possível unir uma superfície a outra. Por isso, as técnicas possíveis são diversas. Ou seja: cada uma tem sua aplicação, particularidade e limitação.

“No entanto, no Brasil, não encontramos nem curso nem equipamentos de primeira linha para esse tipo de aplicação. Além disso, muitas técnicas ainda são pouco difundidas em nosso país e os equipamentos de ponta normalmente são importados”, lamenta Vargas.

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Quais são os tipos de soldagem plástica?

Existem diversos métodos de soldagem plástica e eles são utilizados para diferentes fins. Dessa forma, varia-se o tipo de equipamento, como ferros de solda, e de material de soldagem, até do tipo de termoplástico a ser utilizado. Confira os tipos mais comuns:

Tipo de Soldagem Descrição
Ultrassom Realizada utilizando energia ultrassônica vibratória para fundir as partes, sendo rápida e de alta precisão.
Vibração Utiliza vibração mecânica longitudinal de baixa frequência, com fricção linear ou orbital para unir os materiais.
Híbrida Combina soldagem por vibração com soldagem por infravermelho, aumentando precisão e qualidade do processo.
Rotação A soldagem ocorre pelo calor gerado pelo atrito rotacional das peças. É ideal para peças cilíndricas.
Termofusão / Placa Quente Duas resistências aquecem uma placa metálica, amolecendo o plástico e permitindo sua fusão controlada.
Dielétrica A corrente elétrica gera fricção molecular pela vibração dos elétrons, criando calor para fundir as peças.
Gás Quente A união ocorre com aplicação de gás quente e uso de vareta do mesmo material, que é consumida no processo.
Infravermelho Processo sem contato mecânico, utilizando calor radiante concentrado para unir as superfícies plásticas.
Hot Plate Uma placa aquecida entra em contato direto com as peças, amolecendo e soldando as superfícies.
Laser Ideal para alta produção, gerando soldas limpas, com excelente acabamento, poucas partículas e alta precisão.

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