No dia 3 de outubro, a Revista Plástico Sul realizou a segunda edição de seu evento Mulheres que Transformam.
Além da reunião presencial em Caxias do Sul, os painéis foram transmitidos pela internet. O objetivo do encontro é incentivar a participação feminina na indústria, com a participação de profissionais do setor de plásticos.
Complementando o tema da jornada feminina no mundo corporativo, o conteúdo do Mulheres que Transformam também aborda o ESG e a necessidade da economia circular.
Mulheres que Transformam: como foi a segunda edição?
A primeira edição do evento aconteceu em 2023 e reuniu 50 mulheres. Agora, o evento cresceu em participantes e também em palestrantes.
Segundo a Plástico Sul, os objetivos do evento passam pelo estímulo de lideranças femininas no mercado, discutir a diversidade no ambiente de trabalho, compartilhar histórias inspiradoras e criar um ambiente de troca e networking entre mulheres.
Quem comandou a abertura do evento foi Neivia Justa, fundadora da JustaCausa e criadora do #ondestãoasmulheres, #aquiestãoasmulheres e #lídercomNeivia
Depois da mensagem de reforço sobre a carreira das mulheres e a necessidade de alcançar cargos estratégicos, o palco recebeu o painel ‘Jornada ESG: por onde começar? Como tirar do papel uma estratégia de sustentabilidade’.
Desafios das mulheres gestoras
O painel ‘Mulheres em cargo de gestão, desafios e benefícios desse protagonismo’ reuniu Fernanda Boldo (Head de ESG, Marketing e Supply Chain do Grupo activas), Roberta Duarte (Diretora Executiva na CONECTA Resinas) e Jéssica Jabur (Gerente Executiva de Vendas Unipar), sob mediação de Adriana Kuhn.
Todas compartilharam um pouco de seu histórico no mercado de trabalho, sempre dentro do ambiente industrial. Em comum, todas compartilharam histórias de maternidade, e como essa mudança de vida influenciou também na vida profissional.
Fernanda e Jéssica compartilharam que tiveram promoções na carreira mesmo em licença-maternidade, apontando como as empresas em que atuavam sempre foram acolhedoras.
Comentando sobre a jornada dupla das mães, Roberta lembrou que “a pandemia desafiou a sociedade como um todo, mas a nossa jornada de mulher foi bastante difícil”.
“Ao ser mãe você aprende a ser muito paciente e muito resiliente, e no âmbito profissional isso faz você desafiar limites e superar barreiras”, compartilhou Jéssica, que também passou por suas gestações durante a pandemia.
Sobre como conciliar carreira e ser uma boa gestora, Fernanda deixou uma mensagem ao público: “Que a gente respeite quem a gente é, sempre em movimento e buscando melhorar”.
Complementando, Roberta finalizou: “A gente pode desenvolver todos os papéis de forma doce, leve e feliz. Por mais difícil que pareça a jornada, a gente chega lá”.
Equidade de Gênero e Liderança Feminina
O painel seguinte se propôs a responder ‘como as mulheres podem ampliar a sua presença e influência em espaços de comando’.
A abertura foi de Vick Martinez, que é Diretora e Membro do Comitê de Lideranças Femininas na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande Sul (FIERGS) e Relações Institucionais da Braskem. Também participaram Elaine Santana (Gerente de Responsabilidade e Direitos Humanos na Braskem) e Tatiane Grundler (Gestora da Grunflex Embalagens Plásticas).
Vick trouxe dados da FIERGS sobre emprego nas indústrias do Rio Grande do Sul, apontando que que nos últimos 10 anos o grau de instrução das mulheres aumentou, e que a participação na indústria se manteve estável entre 30%. “Mesmo em cargos de chefia, as mulheres recebem 20% a menos que os homens. Vamos fazer a equidade como?”.
O caminho seria através da capacitação e formação de liderança, atividade que já está no radar de algumas empresas e instituições setoriais.
Tatiane compartilhou como a Grunflex promove mulheres dentro do quadro de colaboradores. “As mulheres podem alcançar os mesmos cargos de gestão. Precisamos desenvolver nossas capacidades e a inteligência emocional”. E complementou: “Eu acredito que isso (a equidade) vai aumentar quando o incentivo acontecer lá nas escolas”.
Na sequência, a fala da Engenheira Química Elaine Santana foi de encontro com o assunto.
“Quando eu entrei na faculdade há 30 anos, eram cinco mulheres. Quando falamos em incluir mulheres nas áreas técnicas, é necessário o incentivo. As possibilidades são para todos.”
Ela listou algumas iniciativas que a Braskem oferece para atrair talentos femininos e também retê-los dentro da empresa, incluindo vagas afirmativas, incentivos para mulheres em vagas operacionais e programa para capacitação de liderança, preparando as profissionais para oportunidades de promoção.
Outros painéis seguiram a programação do evento, falando de saúde mental e empreendedorismo, sucessão, inclusão social e exemplos de mulheres inspiradoras na indústria.
Confira a gravação do Mulheres que Transformam no YouTube.