Desde meados de 2020, o setor do plástico está enfrentando problemas com a escassez de insumos. Produtos, como resinas e aditivos, quando não estão em falta, estão com preços mais altos do que o normal. 

A escassez de insumos plásticos se dá devido à paralisação na produção e na distribuição deles por parte das fábricas, ao mesmo tempo houve uma demanda alta por itens hospitalares, que acabaram consumindo o material disponível. 

Diante desse cenário, trazemos a discussão sobre a escassez de insumos para este texto, apontando dicas para lidar com as flutuações do mercado. 

A escassez de insumos plásticos

A pandemia do novo coronavírus trouxe um cenário de desabastecimento de insumos plásticos. Muitas empresas transformadoras relatam impactos profundos na produção em um curto período de tempo. As dificuldades de produção se agravaram não só pela escassez de insumos plásticos, mas também pela insegurança na manutenção de trabalhadores.

As questões climáticas já vêm atrapalhando a indústria desde o fim de 2020, com as tempestades e furacões nos EUA e no Golfo do México. Elas interferiram ainda mais no atraso do início das operações das plantas petroquímicas da região. O congelamento e as baixas temperaturas do Texas também fecharam várias refinarias, impactando na produção de plásticos. 

E tudo isso afeta o Brasil. Afinal, vale lembrar que o Brasil importa 30% do consumo aparente de resinas termoplásticas. Com a demora para esses insumos chegarem afeta o mercado nacional.

Além disso, é possível apontar a existência de falhas em prever o aumento nas demandas.

Mesmo com este cenário, houve enorme demanda de produtos das áreas de saúde e higiene, certamente. O setor de embalagens retomou rapidamente suas vendas, e isso escancarou o desequilíbrio entre oferta e demanda.

Dicas para lidar com a escassez de insumos

Com a escassez de insumos na indústria do plástico, a lei do mercado eleva o preço dos produtos. No setor de resinas, com a alta procura e a falta de produto no mercado, os preços estão bastante altos, com alta de até 90%. 

No Brasil, parte dessa alta se dá também pela alta do dólar, que impacta diretamente os insumos petroquímicos e outros custos do setor. E, infelizmente, esses preços devem se manter em um patamar alto, pois a expectativa de crescimento da economia brasileira não é boa. 

Diante desse difícil cenário, como lidar com a escassez de insumos plásticos? Veja algumas dicas.

Ter um estoque de emergência

Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast, conta que os distribuidores de resinas plásticas e afins conseguiram atender aos clientes mesmo diante da escassez de insumos plásticos devido ao estoque.

Ele diz: “No início da escassez, ainda no final do primeiro semestre do ano passado, foram nossos estoques que permitiram que muitas indústrias conseguissem seguir atendendo os clientes. Infelizmente, nenhum estoque é infinito. Nós também temos encontrado problemas para repor nossos produtos, mesmo sendo distribuidores oficiais”. 

Manter boas relações com fornecedores e parceiros

Em momentos de escassez de produtos, os gestores que possuem boas relações com fornecedores e parceiros levam uma ligeira vantagem. Afinal, conseguem ter preferência na hora da compra, mitigando levemente o problema.

O presidente da Adirplast também acredita que essa é uma boa medida. Ele relata: “Temos mantido estreito contato junto a nossos fornecedores e tentado buscar novos parceiros”. Empresas que possuem um bom planejamento de compras, por exemplo, conseguem atender aos clientes e às suas demandas futuras. Dessa forma, conseguem sanar os gaps de produção e ajudar os pequenos e médios transformadores de plásticos.

Essas são apenas algumas dicas práticas para tentar lidar com a escassez de insumos. No entanto, a situação não pode ser resolvida pelo gestor no momento em que ele deseja. Diante disso, é preciso encontrar outras soluções para gerir a indústria de forma mais eficaz e criativa. A transformação organizacional e o marketing digital são algumas das opções interessantes.

Você sabia que a criatividade é uma das habilidades do futuro gestor industrial?