O compliance para a indústria do plástico vem se tornando um tema mais debatido devido à sua importância. Aplicável a qualquer porte de indústria, esse conjunto de ferramentas é fundamental para a organização.
Saiba o que é compliance e como ela pode ser aplicada à indústria do plástico!
O que é compliance?
Compliance é um conjunto de ferramentas capazes de concretizar a missão, a visão e os valores de uma empresa. Nesse conjunto se incluem regras, padrões, procedimentos legais e éticos que orientam o comportamento da organização.
Perceba que não é somente o cumprimento de regras formais e informais. Este aspecto do compliance é bastante evidente, especialmente porque consta na mídia a todo o momento. Porém, é algo mais amplo que atinge a postura da empresa no mercado e a atitude de seus profissionais. Por isso, é uma ferramenta considerada estratégica.
Em suma, compliance é uma atuação alinhada às exigências da legislação e às melhores práticas de conformidade também perante o mercado.
De acordo com Carolina Utida, chief audit officer da organização certificadora CertiGov, o compliance pode ser adotado por todas as empresas sem grandes investimentos.
Em sua visão, “as pequenas não só podem como precisam ter programa específico, dentro da sua experiência. Compliance não é um programa enorme, que precisa de super treinamentos ou de uma pessoa que tenha estudado para isso. O bom compliance é aquele adequado a cada organização”.
Para Utida, pequenas e médias empresas, nas quais se incluem muitas indústrias do plástico, precisam se adequar a essa realidade. A executiva pontua que “algumas multinacionais já exigem que seus fornecedores tenham algum tipo de certificado que endosse que ela está negociando com uma empresa idônea e comprometida com as boas práticas de governança corporativa”.
Qual a importância do compliance para a indústria do plástico?
O compliance para a indústria do plástico é fundamental para a adoção de condutas éticas e legais que consolidam um bom comportamento dessas empresas. De forma específica, o compliance contribui para um conhecimento abrangente dos processos da empresa.
Carolina ressalta que, “quando se tem amplo conhecimento de todas as etapas, você tem maior controle sobre os riscos, consegue se preparar melhor e negociar melhores condições com clientes e parceiros”. Por isso, acredita que os programas de compliance para a indústria do plástico podem trazer resultados positivos, como mitigação de riscos, prejuízos financeiros e danos à reputação.
Além disso, podemos pontuar que o compliance para a indústria do plástico contribui para:
- Cumprir as normas internas empresariais e as leis nacionais e internacionais (inclusive regulações do mercado);
- Prevenir demandas judiciais e conflitos de interesse entre os atores da organização;
- Conferir transparência na condução dos negócios;
- Disseminar a cultura organizacional;
- Combater a lavagem de dinheiro.
Desafios
Mesmo diante da importância, os programas de compliance para a indústria do plástico enfrentam desafios para serem implementados. São três principais obstáculos:
- Falta de orçamento: apesar de não demandar grandes investimentos, é preciso ter um orçamento próprio para a área. Há, sim, práticas gratuitas, como ações coletivas, participação em associações e treinamentos de combate à corrupção, mas não são suficientes.
- Falta de headcount: falta de pessoas exclusivo para implementar o compliance na indústria do plástico. Em muitos casos, o profissional que chefia o jurídico da indústria é o mesmo do compliance.
- Falta de comprometimento: ausência de apoio dos líderes da indústria ao profissional de compliance, o que prejudica o trabalho de aculturamento e fortalecimento da integridade.
Como começar a implementar o compliance em sua empresa?
Considerando os desafios da implementação do compliance para a indústria do plástico, já sabemos por onde começar.
Em primeiro lugar, é preciso ter um Compliance Officer, com acesso à administração da indústria e com trabalho independente. Ele deve ser apoiado pela diretoria para implementar um programa coerente com o porte e a atuação da indústria em todas as áreas do negócio.
Vamos tomar como exemplo essa nova realidade em que muitos profissionais podem trabalhar remotamente. A aplicação do compliance no uso de dados em home office depende do mapeamento dos riscos do ambiente doméstico. Além disso, será preciso estabelecer regras para os usuários e obedecer à LGPD.
Se a diretoria da indústria não “compra essa ideia” e não atua de acordo com essas regras, o programa se torna impossível.
Por fim, como pontuamos, não é necessário grandes investimentos, mas eles precisam ocorrer. Inclusive para contratar esse profissional ou treinar um profissional interno. Que tal começar pequeno, pela área mais frágil da indústria? Esse também é um ponto de partida.
Implementar o compliance para a indústria do plástico é fundamental para uma boa reputação no mercado. No entanto, é preciso ter um profissional dedicado para a função e apoiado pela diretoria da empresa. Os líderes, inclusive, podem contribuir para a implementação dos programas.
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