A automação na indústria do plástico está diretamente relacionada a ganhos de produtividade e à redução de desperdícios. Porém, nem todo mundo sabe ao certo como aplicá-la sem gerar impactos negativos no negócio.

Inicialmente, as empresas precisam entender a sua própria dinâmica, ou seja, qual o maquinário necessário para a automação de seus processos produtivos, embora não haja uma fase mais importante para isso.

“O foco, contudo, deve ser voltado ao processo como um todo. Logo, é necessário buscar soluções que interliguem as etapas da produção e garantam a qualidade, mesmo com as altas tiragens normalmente demandadas pela indústria”, destaca Pedro Teodoro, consultor de projetos da Fluxo Consultoria.

O projeto de automação industrial pode ser adaptado de acordo com as necessidades do cliente. Nesse aspecto, há quatro modalidades de entrega:

  • EPCM (Engineering [projeto, design], Procurement [compras, aquisições] e Construction Management [gerenciamento da construção]): a empresa fica responsável pela engenharia, compras, construção e gerenciamento do projeto;
  • EPC (Engineering [projeto, design], Procurement [compras, aquisições] e Construction [construção]): a empresa fica responsável pela engenharia, compras e construção. Normalmente, o cliente final contrata uma empresa de gestão para diligenciar a obra;
  • Turn Key (“chave-na-mão”): modalidade em que o foco do projeto é somente a automação do sistema;
  • MAC (Contrato Principal de Automação): modalidade bastante semelhante ao Turn Key, porém, aqui, o fornecedor também tem responsabilidade por infraestrutura e operação assistida.

Além disso, é importante ter em mente que cada empresa requer um tipo de equipamento para a automação – e isso deve ser observado com bastante atenção. Há máquinas específicas, como aquecedores, resfriadores, manipuladores, robôs, esteiras, empilhadeiras, veículos para transporte, equipamentos para leitura e sistemas de controle para armazenamento e expedição de peças.

Também é indispensável, mesmo que todas as etapas de automação sejam cumpridas, implantar softwares que possibilitem essa fábrica inteligente funcionar.

E para que a automação realmente seja adotada conforme o previsto, deve-se levar em consideração a cultura da empresa.

“A adoção da automação, para muitas empresas, requer uma mudança de mentalidade. Novos processos devem ser elaborados e integrados aos procedimentos existentes. Os departamentos devem conversar periodicamente e participar de quadros de decisão multilaterais para revisar os resultados da implementação de novas tecnologias e planejar os próximos passos. Cada mudança trazida pela automação precisa estar associada tanto a objetivos e métricas adequados, quanto ao valor gerado, para que a empresa esteja mais próxima de alcançar os seus objetivos organizacionais e de mercado”, explica Carlos Renato Azevedo, Doutor em Engenharia de Computação.

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