O ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) está entrando cada vez mais na pauta das empresas e fazendo parte de seus planos estratégicos.
Os motivos podem variar: desde a conscientização dos gestores para que suas atividades gerem menor impacto na sociedade, até a cobrança dos próprios consumidores do mercado em que atuam ou mesmo legislações de mercados que tornem o ESG uma prática exigida por lei.
Mas há, ainda, outra razão para adotar o ESG que deve entrar no radar das empresas: os três pilares são cada vez mais valorizados pelo mercado financeiro e estão diretamente relacionados à atração de investimentos.
Segundo a pesquisa Global Reporting and Institutional Investor Survey, da Ernest & Young, realizada com mais de mil líderes financeiros e 320 investidores, 99% dos respondentes afirmam usar as informações sobre ESG divulgadas pelas empresas como parte de suas decisões de investimento.
“Se tiverem um compromisso sólido com as questões ambientais, sociais e de governança, tanto empresas de capital aberto quanto de capital fechado podem atrair esses olhares”, confirma Jennifer Chen, CEO da JC Capital, que atua no mercado nacional e internacional por meio da captação de recursos no exterior para setores como agronegócio, hotelaria, infraestrutura, indústria, tecnologia e construção.
Enquanto empresas de capital aberto beneficiam-se das práticas ESG para aumentar a liquidez e valor das ações, as de capital fechado chamam a atenção dos investidores de private equity para financiamento de projetos.
Reconhecimento
Jennifer ressalta que embora os investidores estejam constantemente monitorando oportunidades, tornar-se reconhecida como uma empresa responsável, sustentável e transparente demanda algumas ações.
“Existem várias maneiras de fazer isso, como comunicar os investidores durantes as reuniões e conferências, emitir relatórios que contam com atividades voltadas para questões ambientais e de governança, participação em eventos que focam no tema e por meio das divulgações feitas nas redes sociais”, orienta.
Por outro lado, a CEO da JC Capital lembra que as empresas que são bem-sucedidas em captar recursos por meio da comprovação do ESG estão sujeitas a consultas periódicas e monitoramento.
“Quando um investidor aporta capital em um projeto, ele está preocupado com o retorno financeiro, através dos dividendos, dos valores das ações. A partir disso, ele irá solicitar acesso a essas informações para ter a certeza de que essas empresas estão realmente efetuando ações práticas de ESG”.
Embora o ideal seja que as empresas adotem o ESG como um todo, quem está aderindo agora a este movimento nem sempre consegue implementar todos os pilares – ambiental, social e de governança – ao mesmo tempo.
Isso, no entanto, não é impedimento para chamar a atenção do mercado financeiro. “Se tiver participação em apenas um desses pilares, já é possível identificar seu compromisso, por exemplo, com a sustentabilidade, atraindo investimentos”, explica Jennifer.
Compromisso com a sustentabilidade
É importante lembrar que, embora a captação de investimento seja um atrativo, a preocupação com o meio-ambiente, a sociedade e a governança são, antes de tudo, um compromisso social dos empreendedores.
“Gosto de pensar que a prática ESG tem de ser aplicada como se fosse algo nosso, em nosso lar, e replicado fora dele. Por exemplo, reduzir o consumo de energia e de água, realizar a reciclagem de lixo e outros resíduos, assumir um consumo consciente”, defende Jennifer.
Para as empresas que desejam melhorar suas práticas, a executiva dá outra dica: “É fundamental ter metas e objetivos claros, que possam ser alcançáveis, e que envolvam clientes e funcionários. É uma verdadeira adaptação que terá um impacto positivo”, finaliza.
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