A indústria do plástico pode se beneficiar com o avanço de uma pesquisa especial que envolve o uso de “polímeros inteligentes” capazes de mudarem de cor para indicar que o alimento acondicionado em embalagens plásticas não está em condições adequadas de consumo.
De acordo com Marcia Pires, pesquisadora de ciência de polímeros da Braskem, quando alguns alimentos perdem a sua qualidade, liberam, naturalmente, alguns compostos químicos, que são detectados pelo “polímero inteligente” desenvolvido, gerando a mudança de cor na embalagem.
“No caso do estudo desenvolvido por nós, até o momento, as alterações no pH dos alimentos são determinantes para que a embalagem 'avise' que o produto está inadequado”, ressalta a especialista.
É bem verdade que sensores desse tipo, que se destacam pela capacidade de responder a estímulos externos, já existem, a novidade, porém, está na aplicação dessas características em embalagens plásticas (rígidas e flexíveis) destinadas a qualquer produto perecível. O conceito tem obtido resultados concretos em laboratório e o desafio, agora, é encontrar parceiros para avançar com o projeto rumo ao mercado.
Cabe à indústria do plástico, portanto, ficar de olho nesta tendência que abre, evidentemente, um novo e lucrativo mercado para as empresas do setor. Afinal, os resultados da pesquisa envolve e impacta a cadeia produtiva do plástico como um todo.
Algumas embalagens estão sendo desenvolvidas, inclusive, para diminuir o gosto amargo de alguns alimentos. “Além disso, existem outras tecnologias, principalmente baseadas em etiquetas, que podem detectar outras propriedades, como a variação de temperatura, por exemplo”, ressalta.
E você, já conhecia os “polímeros inteligentes”? Continue acompanhando o nosso canal de conteúdo e confira outras tendências do setor do plástico.