A taxa de intensificação de uma máquina injetora está relacionada à sua eficiência, com foco na capacidade de produtividade e nas condições de trabalho. É possível, mediante a aplicação dessa taxa, proporcionar uma maior produtividade a partir das condições técnicas que o equipamento tem para produzir, conforme explica Reginaldo Domingues, instrutor de Formação Profissional do Senai Roberto Simonsen, de São Paulo.
“Se recebo a recomendação técnica para o uso de, no máximo, 80% da condição normal que uma máquina tem, utilizando a taxa de intensificação, posso ultrapassar essa recomendação e utilizar recursos técnicos para adquirir uma produtividade maior para a empresa”, esclarece.
O especialista completa dizendo que “temos diversos tipos de polímeros, polietileno, polipropileno e poliamida, então cada um desses materiais apresenta características que são intrínsecas e possuem condições que são inerentes a eles, ou seja, a máquina tem condições técnicas, mas devemos aliá-las à característica do material trabalhado.”
Cabe ressaltar, também, que a taxa de intensificação pode atuar, mais ou menos, de acordo com o polímero em questão. O policloreto de vinila, mais conhecido como PVC, por exemplo, permite uma intensificação maior do que a trabalhada com a poliamida.
Mudanças na taxa de intensificação
A mudança na taxa de intensificação pode ocorrer por conta de fatores importantes. Algumas máquinas injetoras possibilitam que o seu conjunto de injeção seja melhorado. Nesse caso, a intensificação de produtividade ocorre e, consequentemente, mais material é plastificado. No entanto, existe um limitador aí que merece atenção: o tamanho da ferramenta a ser injetada.
“Vamos supor que eu queira trabalhar com um molde maior, porém, isso me limitaria por ter medidas não compatíveis com a ferramenta que seria colocada na máquina. Essa capacidade de intensificação poderia ser aumentada em alguns critérios, mas em outros não”, comenta o especialista do Senai.
Nesses casos, pode-se colocar alguns periféricos, que têm como objetivo melhorar a performance da máquina, assim como a injeção de gás nitrogênio, utilizada, principalmente, em situações em que a peça possui um volume de injeção muito grande.
O processo com o gás nitrogênio possibilita que, ao invés de preencher todo o espaço do molde com material plástico, deixando a peça maciça, a injeção do ar complete essa peça com uma quantidade menor de material, deixando-a oca por dentro, mas com igual qualidade. O grande benefício dessa forma de intensificação é permitir uma melhor performance com o uso de menor quantidade de material para o preenchimento do molde. Também cabe destacar o fato de tornar o ciclo da máquina mais rápido, devido à intensificação da produção. Isso acontece porque o gás nitrogênio é gelado e se solidifica rapidamente, reduzindo em 30% o tempo de ciclo da peça.
Além do gás nitrogênio, para mudar a taxa de intensificação, pode-se utilizar o processo de injeção de câmara quente – um processo de injeção sem canais que intensifica o processo de uma máquina quando ela precisa atingir uma maior performance.
Lembrando de que o canal de injeção é algo indesejável, tendo em vista que toda a vez que você injeta uma peça plástica fica um subproduto, o que agrega custo por ser uma sobra de material. Então, inicia-se todo um processo de eliminação do que restou do material plástico que, em um processo sem canais, não existe. A injeção por câmara quente possibilita, ainda, ciclos mais rápidos e uma consequente maior produtividade. Ela é, inclusive, mais utilizada do que o processo de injeção com o gás nitrogênio por melhorar ainda mais a condição de uma máquina injetora.
Você já conhecia o conceito de taxa de intensificação? Você já utiliza-a em sua empresa? Compartilhe sua experiência nos comentários.