Os moldes de injeção são submetidos a um intenso ritmo de trabalho e a variações de temperaturas, tornando-se sujeitos a quebras e danos constantes. Diante disso, tomar algumas medidas preventivas ajuda a prolongar a vida útil dessas ferramentas e a reduzir a chance de paradas nas linhas de produção.

“Alguns cuidados precisam ser tomados com o molde instalado nas injetoras, como manter os pontos necessários lubrificados e evitar os danos provocados pela condensação causada pelas variações de temperatura derivadas do calor elevado das resinas e das operações de resfriamento”, afirma Gilmar Martins, engenheiro do Instituto Avançado do Plástico.

Outros fatores a ser lembrados

As operações de limpeza e manutenção realizadas periodicamente são as medidas que mais contribuem para prolongar a longevidade de um molde. Porém, nem sempre elas são levadas a sério.  O ideal seria desmontar, limpar e substituir todas as peças desgastadas sempre que o molde sair da máquina.

Além disso, nas revisões periódicas, vários itens devem ser verificados e substituídos, caso necessário. Entre eles, colunas e buchas guias, centralizadores, anéis de vedação, canais de refrigeração, pinos de extração e outros componentes, inclusive os parafusos. Nos moldes equipados com câmaras quentes, vale substituir resistências, termopares, torpedos e módulos controladores de temperatura.

“Um molde com regime de trabalho igual ou superior a oito horas por dia deve passar por revisão completa de seis em seis meses, que pode ser feita na própria empresa, pelas transformadoras que contam com estrutura adequada, ou em ferramentarias especializadas”, indica o engenheiro.

Importância da manutenção preventiva

Não é um número calculado, mas é de consenso geral que a manutenção preventiva deva representar ganhos de 30% na vida útil de um molde. A duração de cada um, no entanto, depende da utilização correta, manutenção periódica e da escolha do material (aço), assim como do tratamento térmico correto e de como o operador trabalha.

Esses cuidados devem custar, dentro de um prazo de um ano a 18 meses, entre 5% e 10% do valor do molde. Não é pouco, em especial no caso de moldes mais sofisticados. Mas vale a pena. “Uma quebra pode significar despesas entre 30% e 70% do valor do molde. Existem casos nos quais se danificam muitos componentes e placas”, ressalta Gilmar.

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