Utilizados para dar cor às peças produzidas na indústria do plástico, os masterbatches – concentrado de cores resultante da mistura de pigmentos e aditivos – estão em alta no mercado devido, principalmente, à crescente demanda por plásticos coloridos utilizados em produtos de uso final, como embalagens e bens de consumo, o que abre espaço para o lançamento de novas tecnologias.

Vale lembrar que o emprego desse recurso na indústria permite uma redução palpável dos materiais utilizados e, consequentemente, uma significativa economia de estoque e de custos operacionais. Apesar disso, existem demandas distintas em cada região. No estado de São Paulo, por exemplo, a necessidade é por tecnologias em masterbatches para aplicações em multifilamentos, enquanto no Sul, há uma grande demanda por fios “não-tecidos”, assim como uma grande procura por masterbatches especiais para empresas automotivas e de eletroeletrônicos, que também é percebida em todo o Sudeste.

Já no Nordeste e Centro-Oeste, nota-se que uma grande parcela da aplicação desses concentrados fica por conta dos filmes para embalagens.

Tendências entre as tecnologias em masterbatches

As tecnologias em masterbatches têm apresentado diversas soluções para atender às diversas necessidades existentes no Brasil. Um bom exemplo disso são os concentrados indicadores de índice UV e os térmicos.

“O masterbatch com índice UV, recomendamos para o uso em lugares abertos nos quais a incidência de raios UV mereça atenção, como, por exemplo, a aplicação em braceletes para crianças usarem ao brincarem ao sol. Dependendo da intensidade dos raios UV, o bracelete mudará de cor, e os pais, fazendo contato visual, saberão quão forte os raios estão para seus filhos naquele local”, destaca Christian Braun, diretor da Macroplast.

Já os masterbatches térmicos são separados em dois: termocrômicos e termosensíveis. O primeiro tipo muda de cor para indicar temperaturas negativas, o segundo, por sua vez, tem sua tonalidade alterada para registrar temperaturas positivas. Braun enfatiza suas indicações para escolha.

“O máster termocrômico pode ser usado por termoplásticos que serão acondicionados em frigoríficos e congeladores, como um pote de sorvete, um Tupperware, etc. Já o máster termosensível, em termoplásticos que entrarão em contato com calor, como forno e fogão, forno micro-ondas, cabos e fios elétricos, etc.”, pontua.

Dessa forma, o masterbatch apresenta uma variedade crescente de produtos que agregam efeitos especiais, como pigmentos perolados, metalizados, policromáticos e fluorescentes às peças plásticas. Outra tendência é o uso de materiais feitos a partir de fontes renováveis e biodegradáveis, focados, principalmente, na redução do impacto ambiental.

A eliminação do uso de pigmentos com metais pesados, como cádmio, cromo e chumbo, substituindo-os por pigmentos e corantes orgânicos de ótimo desempenho, tornam o masterbatch uma solução sustentável e requisitada em um mercado cada vez mais preocupado com os impactos produtivos no meio ambiente.

Qual sua opinião sobre o  mercado de masterbatches? Compartilhe conosco no campo de comentários abaixo e até a próxima!