A indústria de transformação do plástico brasileira é o quarto setor que mais emprega no país. Ao todo, são mais de 325 mil empregos gerados, com postos de trabalho, principalmente, no Sul e Sudeste. Atualmente, há 11.559 empresas transformadoras de plásticos em atividade no Brasil. O alto número de companhias, no entanto, não se reflete no crescimento do setor, tendo em vista o desempenho abaixo do esperado em 2018.

Entre 2000 e 2015, por exemplo, a produtividade brasileira no segmento avançou apenas 9,5%, enquanto outros países da América do Sul produziram, pelo menos, o dobro desse valor, como é o caso da Colômbia, que obteve uma ascensão de 18,9% no mesmo período, do Chile, que alcançou 19,8%, e do Peru, com 36,8% de crescimento.

Em 2017, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Plástico, o setor registrou alta de 2,5% em relação a 2016. Esse percentual representou um crescimento de 0,45% no faturamento sobre os R$ 65,8 bilhões de 2016. Já a produção, ficou em 6,13 milhões de toneladas. A diferença entre os índices é explicada pela dificuldade dos transformadores de repassar preços, assim como  pela ociosidade na indústria.

“O ano de 2018 iniciou mediano, no entanto, o último trimestre foi bastante favorável, e o setor deverá fechar os números com um pequeno crescimento, que calculamos que fique entre 1 a 2%”, comenta Gerson Haas, presidente do Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS).

Perspectivas para a indústria do plástico são positivas

A indústria do plástico brasileira é majoritariamente produtora de commodities, com 70% das empresas comercializando materiais como sacarias industriais, sacolas de supermercado e frascos nos gerais. Os 30% restantes do setor fabricam materiais diferenciados, como filmes técnicos para alimentos, filmes FFS, não tecidos e frascos multicamadas.

O empresariado, em termos de perspectivas para a indústria em 2019, se mostra, de modo geral, otimista, pelos fatores políticos que tendem a ser favoráveis ao crescimento, motivo pelo qual o segmento está com expectativas de investimentos na área fabril.

“Há uma perspectiva bastante grande em relação ao aumento dos postos de trabalho”, pontua Hass. Além disso, outro ponto positivo está ligado à previsão de retomada do crescimento da construção civil, que deve ocorrer em 2019. O segmento de embalagens, que está cada vez mais inovador e demandando novas soluções, também promete aquecer o setor da transformação do plástico. Não à toa, o cenário, hoje, sinaliza, para 2019, o dobro do crescimento alcançado em 2018, com um aumento de 4 a 5% da indústria de transformação do plástico.

Entre os principais desafios, contudo, destaca-se a a melhoria na competitividade dos produtos brasileiros, em especial em termos de agregação de valor, por meio de tecnologia, personalização e design.

E você, o que achou dessas perspectivas para a indústria de transformação do plástico para 2019? Como sua empresa está se preparando para esse novo ciclo? Deixe sua mensagem nos comentários.