Você já deve ter notado que o plástico está presente nos mais diversos produtos que usamos diariamente sem ao menos percebermos sua grande importância em nossa vida. O que muitos nem imaginam é que, ao longo das últimas décadas, o plástico foi um dos materiais que mais contribuíram para a inovação em diversos segmentos, resultando em maior qualidade de vida para as pessoas. Basta lembrarmos das embalagens que protegem o alimento e aumentam o tempo de vida útil que mudaram para sempre os nossos hábitos alimentares, nos materiais descartáveis usados em hospitais que evitam o risco de contaminação, nos materiais que revestem os automóveis tornando-os mais leves e emitindo menos gases de efeito estufa e em materiais para edificações, que contribuem para uma maior eficiência energética e menor consumo de água. Isso sem mencionar a presença do plástico em eletrônicos, móveis, entre inúmeros outros produtos do nosso dia a dia. E nada disso seria absolutamente possível sem a química.
Os primeiros materiais de plástico surgiram no final do século 19, feitos a partir da celulose ou do carvão. Mas ao longo do século 20, os avanços tecnológicos proporcionados pela química criaram os plásticos moldáveis, consagrando definitivamente a aplicação deste material. Nos anos posteriores surgiram então, a partir do processo de polimerização, os chamados plásticos de engenharia, os termorrígidos e os termoplásticos: neoprene, poliéster, EPS (Isopor®), PVC (vinil), poliuretano, náilon, PET, teflon, silicone, polipropileno e polietileno. Com essa evolução tecnológica e automação dos processos, os produtos finais fabricados a partir desses materiais ficaram mais baratos e acessíveis aos consumidores.
Você talvez não saiba, mas para que todos esses avanços ocorressem, tanto a indústria química como a indústria de plástico também precisaram inovar em seus processos, tornando-os mais seguros e sustentáveis. E boa parte dessa evolução se deu com a ajuda do Programa Atuação Responsável®, iniciativa da indústria química brasileira e mundial, destinada a demonstrar seu comprometimento voluntário na melhoria contínua de seu desempenho em saúde, segurança e meio ambiente. Criado no Canadá em 1984, o Atuação Responsável chegou ao Brasil em 1992, implementado pela Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim.
Desde então, todas as empresas químicas associadas demonstram seu compromisso com a segurança e sustentabilidade seguindo os requisitos preconizados pelo programa. O resultado da iniciativa pode ser conferido, por exemplo, nos indicadores anuais de desempenho publicados pela Abiquim, com base nas informações fornecidas por seus associados relativas aos requisitos do sistema de gestão do Atuação Responsável. Entre 2006 e 2015, por exemplo, a indústria química reduziu em 43% a geração de resíduos em seus processos, consumiu 19% menos energia elétrica por tonelada reduzida, captou 36% menos água em seus processos, além de ser responsável pela redução de 29% da emissão de CO2 na atmosfera. Os dados mais que comprovam o comprometimento do setor em se tornar mais seguro e ter menos impacto à vida que o cerca. Todas as boas práticas implementadas não apenas geraram maior segurança aos trabalhadores, às comunidades e ao meio ambiente, mas a melhoria dos processos criou e continuará criando produtos cada vez mais inovadores e sustentáveis. O plástico é grande exemplo disso.