O processo de criar um novo produto é um desafio que se aplica tanto a empresas consolidadas, já estabelecidas como marcas de sucesso, quanto startups que buscam conquistar seu espaço em um mercado constantemente competitivo. Independentemente do cenário, várias etapas precisam ser cumpridas para lançar com êxito um novo produto.

Agora, por que uma empresa optaria por desenvolver um novo produto?

No caso de empresas estabelecidas, que possuem produtos no mercado, a busca pela inovação geralmente é impulsionada pela necessidade de manter a relevância, cativar os consumidores e competir eficazmente com outras empresas. Essa busca também pode envolver a expansão para novos segmentos ou nichos de mercado.

No contexto das startups, o desenvolvimento de um novo produto pode ser a resposta a uma nova demanda do mercado ou a uma necessidade emergente dos consumidores. À medida que novas tecnologias e avanços surgem, as empresas devem se esforçar para criar produtos inovadores que incorporem essas tecnologias, garantindo assim uma vantagem competitiva.

Para alcançar esses objetivos, é fundamental contar com um modelo que auxilie na organização de todo o processo, desde a concepção inicial até o lançamento do produto no mercado, ou seja, um ciclo de desenvolvimento de produtos. Esse ciclo deve ser fundamentado em estratégias bem definidas, competências estruturantes e metodologias de gestão que permitam que as equipes desenvolvam suas atividades de maneira colaborativa e integrada. Afinal, uma ideia promissora não se sustenta sem um planejamento sólido e responsável.

Para organizar esse processo de forma eficaz, é importante dividir a execução do projeto em etapas, o que facilita a identificação das atividades necessárias em cada estágio específico do projeto.

Imagine lançar um produto no mercado e, em seguida, receber uma notificação de violação de patente. Isso, sem dúvida, resultaria em ações judiciais e possíveis indenizações. Ao identificar as atividades e sua relevância em cada etapa do ciclo, uma pesquisa prévia de anterioridades poderia ter evitado esse transtorno, que certamente teria implicações financeiras ou até mesmo poderia impedir o lançamento do produto no mercado.

Nesse sentido, fica evidente que pesquisas, mapeamentos e outras atividades correlatas devem ser desenvolvidas como parte de uma etapa inicial, que chamamos de “entender”. Em outras palavras, para projetar um produto, é fundamental compreender o contexto do produto, incluindo seu funcionamento, as tecnologias envolvidas, o usuário, o ambiente onde será utilizado e assim por diante.

Qual é o benefício disso? Isso possibilita o desenvolvimento de conceitos consistentes e adequados para o produto, reduzindo substancialmente a necessidade de retrabalho em etapas posteriores.


Eduardo Ferreira é Designer Industrial