Indústria 4.0 é o processo de uma digitalização vertical e horizontal das cadeias de valor das empresas industriais que está sendo considerada como a quarta revolução industrial. No centro desse conceito estão as Smart Factories (Fábricas Inteligentes), onde ocorre a integração digital entre as estruturas de distribuição, produção e informação.
Tudo apoiado por diversas tecnologias entre elas o Big Data, que identifica falhas de processo e ajuda a otimizar a produção, manufatura aditiva com produção por adição de material e realidade aumentada que pode executar serviços e reparações.
A migração para essa nova situação, gerará uma jornada para as empresas industriais visando alcançar uma completa transformação das suas cadeias de valor.
Segundo recente pesquisa da PWC, no final deste processo, as Companhias se tornarão verdadeiras empresas digitais, com produtos físicos como centro, com interfaces digitais e serviços inovadores baseados em análise de dados , trabalhando juntas com clientes e fornecedores em um Ecossistema digital.
As Smart Factories irão alterar a dinâmica dos mercados permitindo tempos de passagem menores, maior utilização dos ativos e melhoria da qualidade dos produtos. Como consequência, um aumento da lucratividade. Os clientes estarão no centro destas cadeias de valor, produtos e serviços, já que os mesmos deverão ser profundamente customizados para atender as diferentes necessidades de cada um.
Um ponto importante está na capacidade de trocar informações via o Protocolo OPC-UA, desenvolvido pela OPC Foundation em 2015, definindo as regras de comunicação e troca de dados das várias entidades do ecossistema.
Esse novo protocolo deve se tornar um padrão mundial o que permitirá a completa integração de todos os processos, independentemente do tipo de equipamento ou fabricante. A Internet das coisas interligada completamente em todo processo industrial.
Iniciando pela Alemanha onde este protocolo será obrigatório já a partir do ano 2020, os fabricantes de equipamentos já estão se movimentando para disponibilizar ao mercado esta integração total, que permite ao cliente gerenciar o processo via analise dos KPI’s (Key Point Indicators), para controlar e melhorar os seus processos.
Essa nova situação gerará também profundas alterações nos métodos de trabalho empregados pela mão de obra atual, pois os técnicos gerenciarão informações e processos completos e suas interfaces e não mais a produção física local propriamente dita.