Entender a relação entre ciência, tecnologia e sociabilidade e como ela impacta a indústria como um todo. Esse foi o objetivo da palestra “Aspectos da Engenharia nos processos transformadores – Um desafio do futuro”, ministrada pelo professor da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Antonio Jorge Ferreira Pires.
Abrindo o ciclo de palestras do Parque de Ideias, no segundo dia da Feira Plástico Brasil, o professor abordou o papel da engenharia na criação e desenvolvimento de processos transformadores para a indústria. “Um dos grandes desafios do futuro para a indústria é justamente o de aliar as ciências da natureza, da inovação e da criatividade com a sociabilidade e a produtividade para a indústria”, defendeu.
“A engenharia é método, ferramenta para atingir um fim e, por isso, faz esse trabalho: ela aproxima a ciência da sociabilidade”, completou Pires. Hoje em dia, o grande desafio se manifesta através da necessidade de desenvolver processos cada vez mais rentáveis, socialmente justos e ambientalmente conscientes.
Confira a íntegra da palestra aqui.
Um novo momento para a indústria
Para o professor, a indústria está diante de um novo momento, em que a produção e os produtos precisam lidar com a evolução da sociedade como um todo. “As máquinas no passado olhavam apenas desempenho e produtividade, mas hoje precisam também levar em conta a efetividade desse produto no mercado e as relações dele na sociedade”, discutiu.
Desenvolver proficiência tecnológica, utilizar métodos e estudos atualizados, contar com cálculos seguros e confiáveis. De acordo com o professor, esses são itens fundamentais para a produção industrial, mas é preciso ir além.
“Além da tecnologia, é preciso valorizar o senso e a sensibilidade humana, a ética entre as relações, a valorização do futuro. Se a minha geração pensava em possuir e comprar, a geração de hoje pensa em acessar. Isso deve ser levado em conta”, pontuou.
Segundo Pires, entender que a indústria não pode apenas oferecer produtos, mas precisa criar opções que agreguem valor a ele, já não é novidade.
“ A indústria não pode mais ser apenas uma fornecedora de matéria-prima, mas, sim, pensar na cadeia de forma mais ampla, profunda e abrangente, principalmente no desenvolvimento de melhorias para os processos”, completou.