Essencial para o setor médico e hospitalar, em momentos de crise como a do COVID-19 (coronavírus), o plástico é indispensável e tem se mostrado um importante aliado na luta mundial contra a disseminação do vírus. Algumas de suas características principais, como a descartabilidade e higiene proporcionadas pelo material, são extremamente necessárias para garantir a segurança em ambientes de risco, como hospitais.
De acordo com o presidente da ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins), Laercio Gonçalves, houve um aumento na demanda por produtos descartáveis, principalmente das áreas médicas e farmacêutica. “Esse é um momento delicado para o mundo, em que todos estão assustados e recolhidos. Mas para garantir que não falte produto nos hospitais e gôndolas, nossos clientes, principalmente os maiores, têm trabalhado até mais. Para 70% deles, que trabalham com os segmentos de embalagens, de produtos hospitalares, de limpeza e higiene ou farmacêuticos, a demanda, inclusive, cresceu em até 20% nos últimos dias”, afirmou Gonçalves.
Previsões e orientações
Para a associação, o país ainda não está no momento mais crítico desta crise, por isso, é preciso cautela ao avaliar a situação e tentar prever o mercado, ressaltou Gonçalves. “Esse é um problema que deve se prorrogar por pelo menos mais 60 dias, no mínimo. Por isso, estamos trabalhando para evitar que a produtividade caia bruscamente, como na China, onde caiu em ⅔.”, comenta.
Entre as empresas ligadas à entidade, os associados estão atentos às principais oscilações do cenário e às diferentes informações que chegam a cada dia. Para evitar a disseminação entre seus quadros de funcionários, a ordem é, quando possível, fazer home office. “Quando não, temos pedido para que se evite a aglomeração de pessoas nos escritórios e unidades e estimulamos frequentemente as boas práticas de higiene”, explicou o executivo.
Bônus: Resíduos de saúde podem – e devem – ser reciclados
Cerca de 85% dos resíduos hospitalares não são infecciosos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Além disso, grande parte deles é reciclável. Embora os esforços de redução de resíduos precisem ser equilibrados com a segurança do paciente e do fornecedor, existem esforços reais para melhorar o desvio de dispositivos médicos plásticos para aterros sanitários. Por exemplo, em 2017, as instalações da Cleveland Clinic relataram reciclar 33% de seus resíduos – 194 toneladas de plástico. Confira outros fatos sobre o plástico na área da saúde clicando aqui.