Os pequenos negócios no Brasil, de acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas), são responsáveis por mais de um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e já são os principais geradores de riquezas. Segundo estudo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), para a indústria transformadora do plástico, atender essa importante parte do mercado pode ser uma alternativa rentável de manter as finanças em ordem.
Isso porque, em comparação às grandes empresas, o varejo de pequeno porte traz algumas vantagens para o setor industrial. No entanto, para aproveitar esse público-alvo e conseguir uma carteira de clientes é preciso estar atento à qualidade dos produtos, preço oferecido e um atendimento exemplar. Com um faturamento menor, as PMEs necessitam de produtos de qualidade e com um preço atrativo, além de entrega diferenciada. Por se tratar de entregas menores, vale investir em uma logística bem estruturada para conquistar a preferência.
Outra vantagem de atender pequenas e médias empresas é o fluxo do caixa. Com pedidos enxutos os recebimentos são feitos em um tempo menor, se comparado a empresas de grande porte – o que facilita a administração das entradas e saídas do caixa. Trabalhar com PMEs é ter a oportunidade de ampliar o total de clientes. Com isso, é possível ganhar volume de pedidos, aumentando sua lucratividade.
Fabio Renato Silva Lopes, coordenador de Atividades Técnicas da Escola SENAI Mario Amato, alerta que as oportunidades de ganhar espaço nesse mercado só são possíveis quando a qualidade do produto é respeitada junto ao preço cobrado. “Para alcançar esse objetivo, muitas empresas cometem o erro de abrir mão da qualidade para dar prioridade apenas a insumos e matérias-primas de menor custo, deixando de controlar seus processos e utilizando mão de obra não qualificada”, diz.
Para não cair nessa armadilha, a gestão de todo o processo produtivo se faz necessária. O professor sugere investir em meios de controle de gestão e em capacitação técnica direcionada para o aumento da produtividade, para assim otimizar os processos no controle de manutenções preventivas e corretivas. “As micros e pequenas empresas podem ganhar espaço quando direcionam esforços para o fornecimento de produtos com qualidade compatível.”
No setor da indústria transformadora, as empresas menores podem ser beneficiadas ao atender o varejo de porte similar ao seu. Isso porque a indústria transformadora do plástico também ocupa uma parcela significativa no mercado. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), em 2010 existiam mais de 11 mil empresas de transformação de plástico atuantes no Brasil, empregando 349,5 mil trabalhadores. Deste total, 94% é constituído de micro ou pequenas empresas.
Aliando qualidade na entrega e distribuição nos canais de venda de qualidade é possível atender o varejo de pequeno porte e ainda equilibrar as finanças da sua empresa. “Para garantir permanência é necessário conquistar qualidade e confiabilidade”, finaliza Lopes.