Não é só com moldes do mercado internacional que a indústria transformadora de plástico pode contar. Concentradas principalmente no Sul e Sudeste, atualmente, no Brasil, há cerca de 1.000 empresas na área de ferramentaria que combinam tecnologia de ponta e alta qualidade no acabamento de molde, um produto de extrema relevância para o fluxo da cadeia produtiva do plástico. Prazos maiores e dificuldade de contato estão no topo da lista dos principais motivos que levam a indústria a procurar um material mais próximo, preterindo a tradição internacional.

Esse setor, apesar dos bons ventos, enfrenta grandes desafios que diferenciam o nível de produtividade e oferta, como explica o professor Fábio Renato Silva Lopes, do Senai Mario Amato. “Atualmente, um dos principais desafios na produção de moldes no Brasil está focado em conseguir materiais a preços mais competitivos, equipamentos com maior eficiência e velocidade, além de profissionais capacitados.”

Professor e especialista em metalomecânica, Dinor Martins Junior, defende que nosso País está preparado para atender plenamente a indústria transformadora, mas o ponto de atenção principal é investir em profissionais especializados. “Temos plenas condições de produzir moldes de qualidade. Precisamos produzir com maior eficiência, formando técnicos com múltiplas habilidades, que conhecem tecnicamente e têm atitudes fundamentais para um bom ferramenteiro, que seja capaz de conhecer integralmente o processo produtivo de uma empresa que produz moldes de injeção.”

Aliar qualidade e competitividade significa levar em conta o produto que será injetado, sendo que design e funcionalidade são os pontos de atenção. “É importante analisar o processo produtivo para garantir o alto nível de produção e baixa manutenção. É fundamental ter informações sobre o produto final, entender todas as particularidades dele, saber todas as suas possíveis aplicações e resistências necessárias como temperatura, desgaste e tração”, aponta Dinor. Esses fatores implicam diretamente no tipo de material usado e, como consequência, o tipo de molde a ser projetado.

O design do produto é outro ponto destacado pelo especialista. Ele explica que o detalhe estético implica em custos e merece cautela. Por fim, pense na máquina injetora que utilizará o molde fabricado. “Para garantir alta produtividade na fabricação de um molde de injeção deve ser feito um planejamento bem detalhado do projeto, levando em conta todos os fatores”, recomenda Dino. Com um produto de qualidade você ganha diferencial competitivo, pois um projeto com processo bem elaborado de manufatura pode reduzir custos de fabricação e garantir qualidade da ferramenta, que renderá muitas horas de produção na máquina injetora, com peças injetadas de boa qualidade e bons ciclos de produção.

e-book Eficiência Energética Plástico