Os problemas provocados pela instabilidade econômica mexeram praticamente com todos os segmentos da indústria. Embora também tenha sido afetada, sobretudo por contar com empresas de pequeno porte, a cadeia do plástico aproveitou o momento para readaptar alguns de seus processos, o que pode fortalecer o setor nos próximos anos.

Agilidade nas tomadas de decisão e fôlego financeiro estão forçando uma importante mudança de gestão e um aumento perceptível da eficiência produtiva. “O setor de plásticos no Brasil tem buscado se adaptar por meio de redução de custos, melhoria de produtividade, reorientação dos negócios e de mercado”, explica Solange Stumpf, sócia-executiva da MaxiQuim Assessoria de Mercado, consultoria referência no setor.

Movimentos de consolidação e internacionalização são uma tendência, o que deverá fortalecer o setor como um todo

Essa reorientação de negócios provocou um decisivo movimento. “Movimentos de consolidação e internacionalização são uma tendência, o que deverá fortalecer o setor como um todo e torná-lo mais competitivo”, projeta a executiva. Ainda assim, para que continue evoluindo, a especialista destaca que o setor precisa investir constantemente em inovação e tecnologia.

“Atualmente o setor de plásticos está em 8º lugar no ranking de competitividade no Brasil, posição que pode melhorar. Mas, para isso, requer investimento em tecnologia, inovação e melhoria na qualidade da mão de obra.”

Confira as 4 apostas que auxiliarão a indústria de plásticos a se fortalecer nos próximos anos.

1 – Redução de custos de produção

Considere ter um planejamento que leva em consideração trabalhar com rigor pontos como a diminuição de gasto com energia elétrica, processos produtivos eficientes no chão de fábrica, a logística industrial integrada para otimizar a produção, o estoque de matéria-prima adequado ao volume de produção e o desenvolvimento de novos fornecedores. Assim, é possível receber uma conta menor no final do mês.

2 – Melhoria de produtividade

Essa medida envolve investimento em máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, análise de processos, medidas de desempenho e aposta em mão de obra qualificada para operar adequadamente o maquinário e trazer novas ideias para a atingir novo patamar produtivo.

3 – Reorientação para o mercado

Se a orientação para o mercado sustenta os pilares para alcançar as metas organizacionais para a indústria ser mais efetiva que a concorrência, levando em conta produtos e necessidades de clientes, a reorientação requer esforços para entender a transformação do momento de compra. Além disso, aponta para um estudo de ampliar mercado, buscando oportunidades possíveis de atender com ajustes na maneira convencional de produzir.

4 – Internacionalização dos negócios

Expandir a empresa para vendas no exterior já é considerada uma via de sobrevivência em mercados cada vez mais competitivos. Por isso, vale a pena ampliar o radar para o estudo de novos mercados e o desenvolvimento de negócios entre os países em que haja vantagem para uma entrada competitiva.