Na terça-feira, 13 de Setembro, a Plásticos em Revista, em parceria com a Abiplast e Sindiplast, promoveu a 12ª edição do Seminário Competitividade. Em um encontro presencial em São Paulo (SP), o público composto por profissionais da indústria e cadeia do plástico conferiu uma programação especial sob a temática Aprendendo a abrir caminhos: os atalhos para o plástico se recriar e continuar a criar.

Durante o dia, diversos especialistas e empresas do mercado compartilharam conhecimentos e atualizações relevantes para a indústria se posicionar e adequar ao cenário nacional e internacional.

A seguir, acompanhe alguns dos principais debates levantados durante o Seminário Competitividade.

Economia e abastecimento

Na parte da manhã, o destaque foram as análises sobre as crises econômicas e de abastecimento energético. Com forte influência em todas as indústrias, e principalmente na dos plásticos tratando do petróleo, o cenário global foi discutido em três momentos.

Para iniciar, Antulio Borneo, vice-presidente da cadeia de PET na CDI/ICIS, falou sobre “ajustes na rota global”. Foram apresentados dados sobre a economia global, incluindo previsões de crescimento em faturamento e um panorama da produção industrial e da cadeia de suprimento, além de uma análise sobre os impactos da inflação em diversos mercados incluindo Estados Unidos, Europa, China, Rússia e América Latina.

Ainda sobre o panorama global, Borneo cobriu as questões energéticas para as indústrias e a relação de oferta e demanda do petróleo, que também é dividido com a produção de combustíveis e de gás.

Focando na competitividade, foram apresentados alguns fatores políticos, econômicos e sociais que podem moldar este setor nos próximos meses e anos. Para se aprofundar neste tema, assista à palestra de Antulio Borneo para a Plástico Brasil Xperience 2022.

Na sequência, Roberto Ribeiro, Diretor de Pesquisa e Análises na Chemical Market Analytics, comentou sobre “Crise econômica e de energia: reflexos na petroquímica mundial” em um bate-papo com Helio Helman, diretor da Plásticos em Revista.

Ribeiro complementou o tópico de economia global com informações sobre fornecimento de energia – além das implicações de sustentabilidade com energias renováveis e a redução das emissões de CO2 – na Europa e nos Estados Unidos, demandas da economia circular e a relação da geração de resíduos para impulsionar o desenvolvimento da reciclagem, química ou mecânica.

Finalizando essa primeira temática, foi realizado um painel com mediação de Helio Helman com a participação de Mauricio Russomano (CEO Unipar), Jane Campos (CEO Radici) e Eduardo Oliveira (Grupo Stratus).

Logística reversa, reciclagem e PCR

A programação seguiu com muitos assuntos relacionados à sustentabilidade, passando por economia circular, logística reversa, reciclagem química e reciclagem mecânica, utilização de resinas pós-consumo (PCR), desenho de embalagens, entre outros. Acompanhe os destaques a seguir!

Máquinas e materiais

Falando um pouco sobre as ações da Unilever LATAM, a Gerente de Sustentabilidade Zita Krammer compartilhou sobre o uso premium da resina pós-consumo (PCR) na fabricação de novas embalagens.

Em 2022, até Setembro, a Unilever utilizou 12.4 toneladas de PCR em seus produtos. Entre os desafios técnicos para incluir a resina PCR na linha de produção, Zita comentou sobre a cor das embalagens (o plástico na cor branca gera resina branca, enquanto os plásticos coloridos geram resina cinza), o mal cheiro e a interferência que os rótulos podem causar durante o processo de reciclagem e extrusão do material. Ela explicou, ainda, que estas questões foram superadas com melhorias no processo de separação e lavagem para a reciclagem.

Fabricantes de máquinas e de matérias-primas também subiram ao palco para apresentar suas soluções em destaque, incluindo Rodolfo Coutinho (LyondellBasell), Márcio Viviani (Reifenhäuser), Andres Grunewald (Gneuss) e Paolo de Filippis (Wortex).

Cases com embalagens

Ficou evidente o investimento em diversas frentes para transformar as embalagens plásticas em soluções sustentáveis. Ricardo Abussafy, Gerente de Logística Reversa da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), compartilhou um panorama de economia circular e hábitos sustentáveis de consumo no setor.

Com uma pesquisa realizada pela associação, o gerente comentou sobre como os próprios consumidores buscam por produtos sustentáveis. E cabe às indústrias adequar as embalagens, independentemente de material, e comunicar todas suas atividades voltadas para ambiente e responsabilidade social.

“Esse esforço se paga em reputação. Entre marcas equivalentes, ser sustentável pode fazer a diferença”, destacou Abussafy. Ele ainda apresentou ao público o programa de logística reversa voltado para a indústria de higiene e cosméticos.

Outro exemplo, compartilhado ainda na abertura do evento, foi uma ação com participação da Braskem durante o Rock in Rio, em que o público podia trocar embalagens e resíduos plásticos por pontos que compram brindes diversos.

Ao final, a audiência ainda conheceu o Cazoolo, um projeto Braskem Labs com o objetivo de fomentar um ecossistema com projetos de design de embalagens, focando na otimização para a reciclagem e a economia circular.

E para se aprofundar nessa temática, aproveite e baixe o nosso Guia de Gestão de Resíduos para transformadores de plástico!