A expressão “tempo é dinheiro” vale para várias atividades, mas é potencializada quando se fala em produção em escala industrial, considerando todos os recursos tecnológicos e humanos envolvidos.
Reduzir o setup – ou seja, o intervalo de tempo entre a última peça boa produzida de um lote e a primeira peça boa produzida do lote seguinte – é um dos maiores desafios da indústria.
“Por isso, o setup é chamado de ‘tempo morto’, ou seja, você tem todos os recursos disponíveis, mas não estão sendo utilizados”, explica o instrutor Luiz Henrique, do SENAI, durante a apresentação teórica do SMED (da sigla em inglês Single Minute Exchange of Die – ou Troca Rápida de Ferramental), uma das atrações da Plástico Brasil 2025.
Benefícios da troca rápida de moldes
Na prática, o SMED é capaz de reduzir o tempo médio de setup de 60 minutos para menos de 10 minutos (o tal “um dígito”).
Sem contar a redução de tempo e, consequentemente, de custos, a troca rápida de ferramental ainda proporciona padronização dos processos, inovação, qualidade e flexibilidade, entre outros benefícios.
Evidentemente, a implantação desta metodologia demanda investimentos, mas antes de chegar a eles, Luiz Henrique enumera os nove passos anteriores:
- Comprometimento de todos os níveis da empresa
- Planejamento
- Treinamento
- Organização
- Padronização
- Comunicação eficaz
- Preparação
- O setup propriamente dito
- Monitoramento e controle
Setup em 4 minutos e meio
De fato, na demonstração prática acompanhada pelo Mundo do Plástico, o tempo para troca de molde de uma injetora levou incríveis 4 minutos e 30 segundos.
O SMED é uma das atrações mais tradicionais da Plástico Brasil, presente desde a primeira edição, em 2017.
Na avaliação do professor Carlos Carassini, também do SENAI, é notável a evolução da metodologia ao longo dos últimos oito anos.
“Os equipamentos e ferramentais mudaram bastante. Antes, você tinha somente a placa magnética para acelerar a troca de moldes; agora, já é possível contar com sistemas hidráulicos e elétricos com acoplamento mais modernos”, compara.
Para o professor, tão importante quanto o ganho de tempo é o aumento da segurança tanto de operadores quanto do equipamento, pois os novos sistemas hidráulicos e elétricos evitam, por exemplo, gotejamentos sobre a máquina e soltura dos conectores.
“Houve uma mudança de comportamento também. No começo, os transformadores não confiavam muito nos moldes com placas magnéticas. Hoje, essa percepção mudou”, completa Carassini.
Pela sua experiência, o professor do SENAI afirma que atualmente é grande o número de transformadores que trabalham com injeção que estão adotando o SMED.
As apresentações do SMED (teórica e prática) acontecem todos os dias da Plástico Brasil, até dia 28 de março, às 11h, 12h30, 15h, 16h30 e 18h.
O SMED tem apoio das empresas Romi, Stäubli, Berg-Steel e Previsão, e do SENAI. A iniciativa é da ABIMAQ e ABIPLAST, com promoção e organização da Informa Markets.
Para conhecer na prática essa metodologia que está revolucionando a indústria de transformação do plástico, você pode visitar a Plástico Brasil fazendo sua credencial antecipada e gratuita aqui.