O Parque de Ideias é o palco do conhecimento e da inovação na Plástico Brasil 2023, e entre tantos temas relevantes para a indústria do plástico, a Sustentabilidade se faz presente todos os dias.
A programação do terceiro dia da feira (29) foi aberta pelo Instituto SustenPlást, que apresentou o Tampinha Legal.
A ideia do programa é tão simples quanto genial: estimular que as tampas plásticas que acabariam descartadas de forma incorreta na natureza sejam depositadas em pontos de coleta, para em seguida serem encaminhadas a entidades assistenciais que fazem a segregação por cor (para agregar valor ao material) e comercializadas para recicladores.
A entidade beneficiada não tem nenhum custo, fica com 100% da renda da transação e as tampas são reutilizadas pela indústria de transformação para produção de novos artefatos plásticos.
Com esse ciclo, o Tampinha Legal contempla o “triple bottom line”, o chamado tripé da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
O Tampinha Legal deu tão certo que desde sua criação, em 2016, ostenta números impressionantes:
- R$ 2,7 milhões arrecadados
- 617 milhões (ou 1,1 mil toneladas) de tampinhas coletadas
- 600 entidades assistenciais cadastradas
- 3.186 pontos de coleta
“Dizemos que o Tampinha Legal é o maior programa socioambiental educativo em economia circular da indústria do plástico da América Latina”, frisou o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, durante a apresentação. “Mas hoje acredito que seja o maior das Américas, pois nunca vi nos demais países um programa tão pujante quanto o nosso”.
Na Plástico Brasil, há coletores de tampinhas distribuídos pelo pavilhão e em empresas parceiras do projeto.
Inovação e circularidade no Parque de Ideias
O Dr. Guilherme Duarte Barros, professor na Universidade Anhembi Morumbi, se apresentou no Parque de Ideias com os estudos desenvolvidos sobre Síntese de nanofibras poliméricas, com vantagens e aplicações viáveis na área biomédica, em fibras para tecidos e na fabricação de filtros. Nesse último exemplo, o professor comentou que um grupo da universidade desenvolve pesquisas com nanofibras extraídas do poliestireno expandido (EPS, comumente conhecido como isopor), sendo uma possível oportunidade para reciclagem e reaproveitamento do material – com o devido aprimoramento das técnicas e com envolvimento e apoio das indústrias.
Também abordando a reciclagem do isopor, Marina Zambonato Farina, cofundadora e consultora da Ascia ESG Consulting, apresentou o Programa Isopor Amigo. Com passos práticos para a logística reversa do material, Marina destacou a importância de parcerias entre cooperativas e indústrias em pontos estratégicos para recolher, higienizar e reaproveitar.
Completando o tópico de circularidade, o Instituto SENAI de Inovação apresentou A cadeia do design circular: inovar para criar, com Anderson Maia, Coordenador de Mercado & Marketing em Materiais Avançados; e Fernanda Moreira, Designer de Produto.
Digitalização na indústria do plástico
No tópico de manufatura inteligente, Luiz Gustavo Kass Mwosa, Presidente e sócio da Paranoá e Fundador da DataWake, apresentou ao público o case de digitalização do Grupo Paranoá.
Através do Sistema DataWake, os visitantes puderam conferir como funciona a digitalização de uma indústria, considerando etapas e tecnologias que são necessárias para o que chamamos de Transformação Digital: banco de dados, robôs, algoritmo, inteligência artificial, machine learning e mais.
Assista a apresentação de Luiz Gustavo na Plástico Brasil Xperience 2022 e aproveite para se preparar para a Cobertura Digital 2023, com todo o conteúdo do Parque de Ideias disponível a partir de 24 de Abril.