O tema de uma das palestras do Parque de Ideias da Plástico Brasil 2025, logo no primeiro dia da feira, foi “Embalagens plásticas inteligentes e funcionais”. 

Fernanda Moreira, Arquiteta de Soluções do SENAI, começou dizendo que “é preciso ter um equilíbrio entre estética e estabilidade estrutural”. 

Você já ouviu falar em embalagens inteligentes e funcionais? Talvez não seja nada do que você imagina. Mas pode saber agora! 

Segundo a palestrante da Plástico Brasil, hoje em dia o mercado pode contar com embalagens ativas com sistemas que interagem com os produtos, entre eles, alimentícios e fármacos. A ideia é preservar o conteúdo do ambiente externo para melhorar a qualidade e proteger da umidade, oxigênio, etc. 

Conceitos importantes em embalagens 

Fernanda explicou aos visitantes do evento que o aumento da vida útil dos produtos é uma das principais vantagens das embalagens inteligentes. “Elas reduzem a deterioração e os desperdícios”, comentou. Além disso, há uma considerável inibição do crescimento de patógenos e microrganismos nos alimentos, de modo a reduzir os riscos de doenças. 

“Essas embalagens foram criadas também para manter o sabor, a cor e a textura do conteúdo.” 

Alguns pontos foram considerados pela especialista, principalmente, com relação ao custo dessas embalagens, uma vez que dependem de altas tecnologias e materiais especializados. Também, sobre a necessidade de aprovação e conformidade com as regulamentações e a importância das avaliações de biodegradabilidade e reciclabilidade dos respectivos materiais. 

“Além disso, é preciso educar os consumidores sobre os benefícios e a segurança das novas tecnologias”, explicou Fernanda. 

Tipos de embalagens e seus produtos 

Dentro do contexto de embalagens funcionais, a representante do SENAI frisou que existem embalagens que controlam a umidade e a atmosfera interna para prolongar a frescura. Elas são ideais para verduras, carnes, frutas e pescados, por exemplo. 

Já as embalagens que liberam conservantes e absorvem odores são indicadas para laticínios, embutidos e snacks.  

Os medicamentos são embalados com tecnologias que mantém a eficácia e previnem a contaminação. As bebidas, como cervejas e sucos, dependem de embalagens com tecnologias para controlar a oxidação e prolongar a frescura. 

Inovações em design 

Na mesma palestra, foi considerada ainda a preferência do consumidor. Entre os principais pontos, destaque para a demanda por produtos sustentáveis e recicláveis, por embalagens que ofereçam conveniência e facilidade de uso e que sejam capazes de melhorar a experiência do usuário. Todos esses quesitos, conforme explicou a palestrante, estão no foco das embalagens inteligentes, incluindo um design inovador.  

“É preciso pensar em elementos de design intuitivo que simplifiquem a interação do produto. Isso, utilizando recursos ergonômicos que atendem à conveniência do cliente, por exemplo.” 

Fernanda ainda ressalta que tudo isso fortalece a identidade da marca e melhora a visibilidade. 

Além das vantagens das embalagens plásticas funcionais, a sustentabilidade também entrou na pauta. Para a responsável pela palestra, “a sustentabilidade é intrínseca para qualquer desenvolvimento de produto, especialmente as embalagens plásticas”. 

O objetivo, portanto, é desenvolver tecnologias capazes de reduzir as emissões, usar materiais biodegradáveis, adotar tecnologias de eficiência energética e focar sempre na funcionalidade em conjunto. 

Os desafios a serem superados, no entanto, são: resiliência climática, gestão de resíduos e conformidade regulamentar. “As regulamentações ambientais estão em constante evolução. É preciso ter uma certa adaptação”. 

“As embalagens funcionais e inteligentes revolucionam a indústria ao preservar produtos, reduzindo desperdícios e melhorando a experiência do usuário”, conta Fernanda. Ela finaliza dizendo que o pós-uso também deve ser considerado. “A reciclagem e o upcycling deve estar presentes para fechar o ciclo da economia circular”. 

Aproveite para conferir mais assuntos abordados com exclusividade no Palco Economia Circular e Reciclagem durante a Plástico Brasil 2025.