“Não basta imprimir, é preciso verificar o ambiente de aplicação do material e da peça a ser produzida”, comentou Matheus Coppa, Consultor em Tecnologia do SENAI – Inovação em Manufatura Aditiva. Isso foi durante uma palestra no Parque de Ideias da Plástico Brasil 2025, quando o especialista deu uma aula sobre manufatura aditiva em polímeros.
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Processos que caracterizam a manufatura aditiva
Origem
Matheus explicou que um dos primeiros métodos de impressão 3D foi a estereolitografia, por volta dos anos de 1980, desenvolvida por um engenheiro norte-americano chamado Charles Hull. Inicialmente, o conceito foi destinado a construção de objetos camada a camada a partir de dados digitais. O curioso é que a ideia de manufatura aditiva começou a tomar forma no final do século 20.
“Foi em 1990 que pesquisadores e engenheiros começaram a explorar métodos de fabricação diferentes das abordagens tradicionais, como usinagem e moldagem”, destacou. Segundo Matheus, foi nesse ano que outras técnicas de manufatura aditiva foram desenvolvidas. Por exemplo, a Modelação por Deposição Fundida (FDM).
Em seguida, veio a Sinterização Seletiva a Laser (SLS) e a deposição de material por feixe de elétrons (EBM).
Fato é que, ao longo dos anos, a manufatura aditiva foi sendo aprimorada. “O que contribuiu foram os avanços dos materiais, a velocidade de impressão, a precisão e a versatilidade”, pontuou o especialista. Ele continuou dizendo que esse aprimoramento permitiu um alcance de diversas indústrias – desde a aeroespacial até a do plástico.
O mercado da manufatura aditiva
De acordo com dados da Mordor Intelligence, o mercado de manufatura aditiva e materiais deverá crescer de US$ 95,27 bilhões (2024) para US$ 202,17 bilhões até 2029. Essa pesquisa revelou ainda uma taxa de crescimento anual composta de 20,7% durante o respectivo período. Matheus ressaltou que a América do Norte abriga o maior mercado de manufatura aditiva do mundo. Já o de maior crescimento está na Ásia-Pacífico.
Aplicações
“A impressão 3D permite a produção de peças de reposição personalizadas para veículos antigos ou modelos específicos”, falou o representante do SENAI.
Com relação às aplicações da manufatura aditiva, Matheus chamou a atenção para alguns mercados:
- Implantes
- Dispositivos médicos
- Customização de produtos
- Produção sob demanda
- Modelos de construção
- Componentes estruturais
Fused Deposition Modeling (deposição via extrusão)
Especialmente para o mercado do plástico, Matheus citou a deposição via extrusão, que funciona pela impressão camada a camada, utilizando polímeros e outros materiais sobre uma mesa que se movimenta no eixo Z, combinada a um cabeçote extrusor nos eixos X e Y.
“As vantagens deste processo incluem a variedade de materiais, o método construtivo atóxico e sem uso de laser, as propriedades mecânicas das peças produzidas, etc”. A propósito, entre os materiais utilizados estão PLA, ABS, PET G, TPU, PP, PA, compósitos, entre outros.
“Na manufatura aditiva, a otimização é frequentemente usada para aprimorar a geometria e as propriedades dos produtos impressos.”
Agora que você conheceu os diferenciais da impressão 3D, saiba mais sobre a resina PLA.