As aplicações do plástico no setor náutico vêm assumindo um papel fundamental nos últimos anos. Peças antes concebidas em metal passam a ter, agora, suas funções ampliadas e reorientadas devido às propriedades exclusivas dos termoplásticos, além de uma vida útil muito maior.
E com o crescimento exponencial do mercado náutico nacional, aumenta-se, também, a demanda por embarcações capazes de suprir às necessidades de transporte, pesca e lazer, abrindo espaço para um amplo universo de oportunidades para as indústrias do plástico dispostas a inovar. Afinal, a construção de embarcações que privilegia o uso de resinas e materiais compósitos (cuja estrutura é constituída por uma combinação de dois ou mais produtos não solúveis entre si) tem evoluído bastante, embora ainda seja, nos moldes atuais, indicada apenas para embarcações de até 50 metros.
Confira, a seguir, mais detalhes sobre a aplicação do plástico no setor náutico e descubra como as indústrias podem aproveitar a oportunidade de negócio para sua cadeia produtiva.
Plástico como matéria-prima para o setor náutico
A indústria náutica é um mercado importante para a indústria do plástico. Jorge Nasseh, CEO da Barracuda Advanced Composites, e vice-presidente da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos (Acobar), destaca que “as resinas são utilizadas em modelos mais simples, como caiaques e pranchas à vela, e também em iates de luxo e veleiros de longo curso.”
Entre os modelos de caiaques, por exemplo, boa parte dos cascos é fabricada em polietileno rotomoldado. Já nos cascos de iates e outras embarcações de maior porte, utiliza-se, com frequência, o composto de poliéster enriquecido com fibra de vidro.
Além disso, outras resinas plásticas são utilizadas nas peças empregadas no interior das embarcações.
Plástico sustentável no setor náutico
Jaci Francisco da Silva, responsável pela montagem na Casa do Barco Perotto, em Canoas, no Rio Grande do Sul, destaca o uso de garrafas PET na montagem de embarcações de pequeno porte. “Apesar de o custo do barco ser um pouco maior do que na embarcação que utiliza isopor, por exemplo, a durabilidade é 150% maior, pois o isopor encharca e o plástico não”, defende.
Silva destaca, também, que, enquanto um barco com isopor dura cerca de 20 anos, um feito com garrafas PET pode durar até 300 anos. “A Marinha, em Manaus, também aposta em garrafas PET para a construção de embarcações. Além disso, se o barco vira, ele serve de boia, por isso, vale a pena investir”, finaliza.
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