Diante de um mercado competitivo em que a reciclagem representa um papel cada vez mais importante para a indústria do plástico, inovar é preciso. Assim, é nesse cenário que a triagem automatizada para reciclagem ganha força, representando processos mais ágeis e lucrativos para a indústria.

Dessa forma, é necessário investir em opções que tornem os procedimentos cada mais eficientes e com maior qualidade.

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O que é triagem automatizada?

A triagem automatizada de reciclagem representa uma evolução significativa nos processos de recuperação de materiais.

Em essência, ela utiliza tecnologias avançadas, como sensores ópticos (NIR – Near-Infrared, ou Infravermelho Próximo), câmeras de alta velocidade e sistemas de inteligência artificial (IA), para identificar e separar diferentes tipos de materiais recicláveis, como polímeros plásticos (PET, PEAD, PVC, etc.), papel, papelão, metais e vidro, em uma linha de processamento de forma rápida e precisa.

Diferentemente da triagem manual, que é suscetível a erros, exaustão e limitada pela velocidade, o processo automatizado opera com alta capacidade, garantindo um fluxo contínuo e mais eficiente de materiais.

Essa tecnologia é a espinha dorsal de qualquer Instalação de Recuperação de Materiais (MRF) moderna, pois permite alcançar níveis de pureza e rendimento que seriam inatingíveis com métodos tradicionais.

Sensores NIR, por exemplo, conseguem distinguir rapidamente a composição química de diferentes plásticos, acionando jatos de ar comprimido ou braços robóticos que desviam o item para o fluxo de material correto.

O resultado direto dessa automação é uma redução nos custos operacionais e, crucialmente, a produção de fardos de materiais de maior valor agregado, mais atraentes para o mercado de reciclagem e alinhados com as demandas da economia circular.

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Quais são as vantagens da triagem automatizada para reciclagem?

Com a automatização da triagem, o desgaste dos catadores e recicladores nas cooperativas torna-se menor. Com isso, eles deixam de ser os principais (ou únicos) responsáveis pelas etapas de separação dos materiais, otimizando, assim, todo o trabalho. Ou seja, o processo representa tanto ganhos financeiros como sociais.

A mudança do processo manual para o automatizado, ao contrário do que se imagina, não é complicada. Segundo Carina Arita, gerente de vendas da Tomra Brasil, integrar sistemas de seleção por sensores com as linhas de reciclagem existentes é bem simples.

Entretanto, a definição dos equipamentos necessários depende de cada caso. Isso porque ela varia de acordo com as características do material de entrada, dos produtos desejados, da pureza almejada e do processo existente.

Além disso, outros aspectos influenciam tanto o procedimento adotado quanto o produto final reciclado. “Trata-se de uma solução de engenharia projetada caso a caso. Por vezes, basta acrescentar somente um equipamento. Em outras situações, contudo, são recomendadas pequenas adaptações”, afirma.

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Quais são as 5 etapas da triagem automatizada para reciclagem?

Embora a triagem automatizada agilize boa parte, do processo, há uma pré-triagem manual no fluxo de entrada do plástico na cooperativa. Entretanto, após esta primeira fase o processo passa a ser todo automatizado.

A automação dos processos permite classificar os resíduos recicláveis de forma mais eficiente através de uma visão computacional, o que favorece o controle de qualidade e a pureza do material reciclado. Confira a seguir os detalhes das 5 etapas principais:

Etapa Descrição
1. Recepção Os plásticos chegam à linha de triagem por meio de silos com esteiras que alimentam automaticamente o sistema de abertura de sacos, iniciando o processo de separação.
2. Abertura O equipamento “rasga-sacos” utiliza rolos com pontas metálicas para abrir as embalagens automaticamente, liberando o material reciclável contido em seu interior.
3. Separação No trommel, uma peneira rotativa separa resíduos finos e impurezas (como restos orgânicos e cacos de vidro) dos materiais plásticos que seguirão para triagem.
4. Classificação Sensores ópticos identificam automaticamente os diferentes tipos de plásticos, aprimorando a qualidade da triagem e garantindo a separação correta de materiais.
5. Prensa Os plásticos classificados são compactados por prensas industriais e organizados em fardos, prontos para transporte e venda às empresas recicladoras.

Para saber mais dicas sobre a triagem automatizada de reciclagem, além de ficar por dentro de tudo o que acontece no setor de plásticos do Brasil e do mundo, continue acompanhando o Mundo do Plástico, o canal de conteúdo da feira Plástico Brasil.

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