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Qual é a matéria-prima preferida pelos fabricantes de utilidades domésticas?

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Estimativa é que o plástico represente mais da metade dos utensílios domésticos vendidos no Brasil

Não é exagero dizer que o plástico está presente em todos os lugares do nosso cotidiano. Basta um olhar dentro da própria casa para encontrar potes, tampas, lixeiras, jarras…

A relevância do segmento de utilidades domésticas (UD) dentro da indústria do plástico se comprova pela COFAUD – Câmara Setorial dos Fabricantes de Utilidades Domésticas, criada pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) há mais de 15 anos para reunir empresas fabricantes destes utensílios de todo o país. 

Isso se dá por conta das propriedades do material e por sua versatilidade, que permite que ele seja a matéria-prima principal de itens diversificados, com variedades de preço, características, aplicações e estilos.

Participação do plástico no setor doméstico

Embora não exista um dado oficial que mensure o quanto o plástico representa na produção de utilidades domésticas (na comparação com outros materiais, como aço e madeira), o diretor comercial da COFAUD, Rodrigo Machado, estima que, em volume de vendas, esse valor deve ser de mais da metade.

Em relação às UD fabricadas com material plástico mais consumidas no Brasil, a análise depende do critério, conforme ele explica:

“Em se tratando de número de itens, certamente os potes lideram esse ranking. Trata-se de um produto muito presente nos lares brasileiros e que, com frequência relativamente curta, é reposto. Já em relação ao peso transformado, os cestos e lixeiras, por conta do seu alto peso se comparado aos potes, são os mais consumidos e, igualmente, muito presentes nos lares”.

Segundo o diretor da COFAUD, o polímero mais utilizado pelas indústrias de UD plásticas é o Polipropileno (PP), seguido, em menor escala, do Polietileno Tereftalato (PET) e o Poliestireno (PS).

A escolha da matéria-prima depende do tipo de utensílio a ser fabricado. Alguns dos exemplos mais comuns nos lares brasileiros são: 

  • PP: potes, bacias, jarras, copos e organizadores.
  • PET: jarras, squeeze e potes
  • PS: organizadores de gaveta/geladeira, boleiras, queijeiras e pá de lixo

Vantagens do plástico nas utilidades domésticas

Machado lista as principais vantagens que fazem do plástico o material preferido pelos fabricantes de utilidades domésticas:

  • Flexibilidade de design: atualmente, tudo é possível de ser fabricado utilizando o plástico como matéria-prima principal;
  • Acessibilidade de aquisição: é o material de menor custo para a entrega de uma solução de utilidade doméstica, o que permite o acesso das classes sociais com maior restrição orçamentária;
  • Reciclagem: no Brasil, é cada vez mais presente programas que buscam a reciclagem de produtos plásticos. 

Reciclagem

Sobre esta última vantagem, Machado reforça: “Todo produto de UD feito de plástico é passível de reciclagem, inclusive aqueles fabricados com material reciclado. É um ciclo de vida do produto que pode ser renovado a cada processo de fabricação”.

Dependendo do uso que se faz do produto, uma utilidade doméstica dura de 1 a 5 anos, o que a classifica como ciclo de vida médio. “Seu ciclo de vida pode ser curto, quando o uso é frequente, como, por exemplo, potes para conservar alimentos, ou longo, como caixas organizadoras que esporadicamente são manuseadas e, por isso, pouco expostas a riscos de quebra”, exemplifica Machado. 

Segundo ele, o uso do PCR (plástico pós-consumo reciclado) não só é significativo, como também essencial para que uma indústria, inclusive as de UD, se posicione sobre o tema da reciclagem perante a sociedade, seus clientes e órgãos governamentais.

“Trata-se de um caminho sem volta, no qual as indústrias devem investir bastante em desenvolvimento de produtos e mercado, seja para gerar produtos com qualidade próxima – se não igual – aos produtos feitos com material virgem, seja para reduzir custos de produção. Tudo isso aliado ao propósito de não gerar um problema ambiental após o descarte do material”

Ele cita o caso da Europa, onde os produtos de origem PCR estão cada vez mais presentes no portfólio de empresas mundiais, e não necessariamente têm uma condição de preços ou qualidade inferior aos produzidos com material virgem. “Trata-se de uma questão educacional de consumo e que, muito em breve, será decisório no hábito de compra do brasileiro”.

Descarte correto do plástico

Nunca é demais lembrar que o ciclo da reciclagem começa no consumidor. É o descarte correto que permitirá a coleta seletiva para posterior triagem, processamento e reutilização do plástico em novos produtos.

E isso não se limita aos plásticos de uso único, como embalagens, garrafas e descartáveis em geral, mas estende-se também aos mais duráveis, como as utilidades domésticas.

“O importante é ter em mente que uma vez que o produto tenha atingido a sua utilização final ou encerrado o seu ciclo de vida, ele deve ser destinado para a reciclagem e nunca descartado como lixo. Isso permitirá que esse mesmo material ganhe uma sobrevida e não seja um agente poluidor”, reforça Machado. 

A dica do diretor para os consumidores é que sempre vejam no plástico um produto possível de ser reaproveitado, e nunca um “vilão” que promove a poluição. “Nosso comportamento, enquanto usuários de produtos plásticos, deve ser sempre na direção de termos no plástico uma solução flexível e acessível, e jamais um problema”.

Você sabia que muitas outras indústrias estão utilizando o plástico pós-consumo reciclado como matéria-prima? Conheça!

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