A ADIRPLAST (Associação Brasileira de Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) realizou, no final de agosto, um encontro estratégico com seus associados para discutir os impactos da Reforma Tributária no setor plástico.
O evento reuniu 55 participantes e contou com a presença de especialistas do escritório Malerba Sessa Advogados, que detalharam as principais mudanças e os desafios que as empresas enfrentarão com a transição fiscal, prevista para começar em 2026.
Reforma Tributária: marco histórico para o Brasil
Henrique Malerba, sócio do escritório Malerba Sessa Advogados, destacou a magnitude da Reforma Tributária: “Estamos diante da maior transformação do sistema tributário brasileiro dos últimos 50 anos, e isso exigirá das empresas um esforço de adaptação sem precedentes”.
A presidente da ADIRPLAST, Cecilia Vero, reforçou a importância de debates aprofundados sobre o tema: “A Reforma impactará diretamente toda a cadeia do plástico. Promover encontros como este é essencial para que os associados tenham informações qualificadas e possam tomar decisões estratégicas ao longo da transição”.
Mudanças graduais e desafios para o setor plástico
A implementação da Reforma Tributária será gradual, ocorrendo entre 2026 e 2032, o que exigirá das empresas planejamento cuidadoso para lidar com regras sobrepostas.
Rafael Sessa, também sócio do escritório, explicou que a substituição de cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por dois novos impostos – CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – mudará a lógica da tributação, com cobrança no destino e um sistema não cumulativo mais amplo. “Essa mudança afetará diretamente a logística e a precificação das empresas”, afirmou.
Split payment: impactos no capital de giro e compliance
Outro ponto crítico da Reforma é a introdução do split payment, mecanismo que divide automaticamente o pagamento entre empresa e fisco no ato da transação.
Segundo Sessa, essa medida reduz a sonegação, mas impacta o capital de giro das empresas e exige um nível elevado de compliance.
Adaptação como diferencial competitivo
Embora a Reforma tenha como objetivos simplificação e neutralidade, seu sucesso dependerá da capacidade de adaptação do setor produtivo.
“Quem se antecipar terá vantagens competitivas, enquanto aqueles que demorarem a agir poderão enfrentar sérios impactos em sua operação”, concluiu Malerba.
Conheça o trabalho da ADIRPLAST em www.adirplast.org.br
Saiba mais sobre o impacto da Reforma Tributária nas indústrias.